Política

Venci dois impeachments pelo meu prestígio, diz Michel Temer

Presidente Michel Temer (MDB) deu entrevista à Rádio Jornal nesta quarta-feira (29) falando sobre a vida após o Planalto

Antônio Gabriel Machado
Antônio Gabriel Machado
Publicado em 29/08/2018 às 9:50
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Michel Temer (MDB) afirmou que venceu 'dois impeachments' em relação as duas denúncias contra ele em seu governo, ambas durante o caso da JBS, uma por obstrução de justiça e outra por uma gravação revelada pelo jornal O Globo. Segundo Temer, tais denúncias apresentadas contra ele foram pífias e, após a sua saída da presidência, um livro com 'trancos e barrancos da gestão' será feito.

Ouça a entrevista na íntegra:

"Aquelas denúncias foram dois pedidos de impeachment, vencidos pelos prestígio que tenho no congresso nacional, repudiando essas denúncias pífias. Não deixarei de acompanhar a vida pública nacional. Como você é ex-presidente você é muito procurado. Teremos um livro com os trancos e barrancos da gestão. Confesso a você que, com muito equívocos e falsidade, vítima de uns detratores, muitos deles condenados, eu quero contar a verdade de tudo isso. Aliás, a verdade tem aparecido pouco a pouco. Eu quero colocar a limpo essas coisas todas", disse Temer em entrevista à Rádio Jornal nesta quarta-feira (29).

Temer ainda falou sobre sua vida após o Planalto. Faltando quatro meses para o fim do mandato, o presidente falou em uma 'aposentadoria' após deixar o poder. "Eu quero dizer que faltam 4 meses apenas. Logo depois desses quatro meses, tive uma vida pública muito próspera. Tive muitos problemas, mas eu já cumpri vários papéis. Eu penso que está na hora de uma relativa aposentadoria. Pretendo sair, dar meus pareceres. Queres escrever alguns livros, já escrevi quatro livros, e quero ter muita tranquilidade. Não deixarei de acompanhar a vida pública nacional", comentou.

O presidente ainda falou sobre o seu legado no cargo. Segundo ele, é inevitável que o próximo presidente não siga suas ações e políticas, principalmente se referindo a Henrique Meirelles, candidato à presidência pelo MDB.

"Você sabe que é inevitável. Meirelles foi escolhido por mim como ministro da Fazenda. Ele montou uma grande equipe econômica, que reduziu a inflação, reduziu o juros, então será inevitável. Recentemente, o Paulo Guedes, líder econômico da campanha de Bolsonaro, disse que vai continuar fazendo o que estou fazendo. Inevitável que se continue. O Amoedo disse que vai continuar fazendo o que estou fazendo. Está se confirmando o que tenho dito. As reformas continuarão, ninguém vai conseguir impedir aquilo que adequadamente começamos no nosso governo", finalizou.