DIREITOS LGBT

Parada da Diversidade agrega irreverência à luta por respeito e direitos

Arrastando mais de 500 mil pessoas pela Avenida Boa Viagem, a Parada da Diversidade também lembrou o falecimento da jornalista Graça Araújo

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 17/09/2018 às 8:39
Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
FOTO: Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem

De acordo com os organizadores, cerca de 500 mil pessoas participaram do evento realizado na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, neste domingo (16). A 17ª edição teve como tema a frase “qual a sua plataforma? Defenda a democracia e os direitos LGBT!”. Entretanto, a presença dos candidatos a cargos majoritários, ao Governo do Estado e senado, foi mínima na parada da diversidade.

Quanto ao público, acabou sendo uma mistura de lésbicas, gays, bissexuais, trans, travestis, panssexuais, polissexuais e heterosexuais. Doze trios elétricos arrastaram a multidão com atrações variadas de Wanessa Camargo a Michelle Melo.

Entre os participantes, alguns chamavam a atenção pelo caráter simbólico para a comunidade LGBT. Sarita Metálica é a primeira drag queen no País a obter na justiça a pensão pós-morte do companheiro. Também foi marcante a presença de Junior Barros, ator que encarna a drag queen Vagiene Cokeluche há 25 anos.

Representantes do governo britânico foram à parada da diversidade com o bloco “love is great”, que, em tradução livre, significa amar é ótimo. Marconi Ribeiro um dos participantes da iniciativa diz que outros países respeitam a comunidade LGBT:

Homenagem a Graça

Graça Araújo
Graça Araújo faleceu no último dia 8 de setembro, aos 62 anos, vítima de uma AVC hemorrágico
Léo Motta/ JC Imagens

A jornalista Graça Araújo falecida em oito de setembro foi lembrada na parada da diversidade neste domingo. Ana Marta, integrante da ONG Leões do Norte destaca a defesa da jornalista pelos direitos da minoria:

Tumultos

Como em eventos com público numeroso, foram registrados confusões e arrastões em alguns pontos da Avenida Boa Viagem. Os órgãos de segurança informam que a parada da diversidade transcorreu sem registro de incidentes graves.

Quem esteve no evento deixou o preconceito de lado e a irreverência não teve limites. É o que diz a arquiteta Alessandra Carvalho: