HOSPITAL GETÚLIO VARGAS

Paralisação dos residentes do HGV pode ser encerrada na sexta-feira

Os médicos e dentistas residentes denunciam falta de material básico e falhas nas estruturas físicas do prédio

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 19/09/2018 às 9:35
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FOTO: Cortesia

Residentes em medicina e odontologia do Hospital Getúlio Vargas continuam com as atividades paradas por falta de material hospitalar básico e remédios na unidade de saúde. A paralisação da categoria acontece desde o início da semana e os residentes alegam que não há material estéril como luvas, máscaras, roupas, fios de sutura e até medicamentos. Por isso, apenas as cirurgias de emergência estão sendo realizadas. Saiba mais na reportagem de Juliana Oliveira:

Uma médica que não quis se identificar afirma já houve um diálogo com o governo e a promessa foi de reposição do material. "Tivemos uma reunião com a direção do Getúlio Vargas, com o secretário de Finanças da Secretaria de Saúde do Estado e alguns dos estão sendo atendidos", diz.

O fim da paralisação, ainda de acordo com a médica, deve ser discutida em assembleia nesta sexta-feira (21). Enquanto isso, os pacientes aguardam. As cirurgias e os atendimentos de urgência estão sendo realizados por médicos preceptores.

Sem estrutura

Os pacientes e acompanhantes sofrem com a falta se insumo básico. "Deixaram ele com fome ontem para fazer uma cirurgia e não fizeram e ficou por isso mesmo porque não tem material, não tem antibiótico, e quem sofre são os pacientes e nós que estamos acompanhando", Luciene Bezerra, que está no hospital acompanhando um parente. Maria José, que também acompanha um parente no HGV, afirma que também faltam fraldas geriátricas e que a comida fornecida aos pacientes é de má qualidade. "A gente não tem condições de comprar fralda. Um pacote custa R$ 50 e usa muito. A comida é muito ruim. Tem dia que nem carne tem", afirma.