Crime

Autor de atentado a Bolsonaro agiu sozinho, diz PF

Adélio Bispo de Oliveira esfaqueou o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) durante caminhada política em Juiz de Fora (MG)

Antônio Gabriel Machado
Antônio Gabriel Machado
Publicado em 20/09/2018 às 16:57
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FOTO: Reprodução/Facebook

Após duas semanas de investigação, a Polícia Federal concluiu que Adélio Bispo de Oliveira, acusado de ter esfaqueado o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsanaro, agiu sozinho. Até o momento, não há indícios de que Adélio teria agido a mando de uma terceira pessoa ou de que teria recebido ajuda de uma outra pessoa para cometer o crime. A informação é do jornal O Globo.

A Polícia Federal concluiu nesta quinta-feira (20) a primeira etapa da investigação e pediu prazo de 15 dias para apresentar um relatório final à Justiça Federal.

Após o encerramento do primeiro inquérito, um aprofundamento do caso deve ser realizado pela PF. Os investigadores pretendem esgotar as hipóteses para não deixar nenhuma margem de dúvida no caso. O segundo inquérito, portanto, seria uma medida cautelar da polícia.

O resultado das investigações condiz com o primeiro depoimento de Adélio, que afirmou ter agido por conta própria e motivado por divergências políticas com Bolsonaro. Num novo depoimento, na última segunda-feira (17), o acusado reiterou que cometeu o crime por "divergências ideológicas".

Linha de investigação

A PF vasculhou a vida de Adélio Bispo de Oliveira nos últimos dois anos para chegar a conclusão da inexistência de um mandante. Computadores, dados de celular, contatos telefônicos, redes sociais, contas bancárias e relações pessoais, foram investigados pela polícia.

"Para o pleno esclarecimento dos fatos apurados, até o momento a Polícia Federal entrevistou 38 pessoas, colheu 15 depoimentos formais de testemunhas, realizou três interrogatórios formais do preso e analisou dois Terabytes de imagens. Foram realizadas diligências investigativas em Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Pirapitinga, Belo Horizonte e Florianópolis", afirma nota emitida pela PF na tarde de hoje.

Relembre o caso

Adélio Bispo de Oliveira foi preso no último dia seis de setembro após ter sido preso em flagrante por esfaquear Jair Bolsonaro (PSL) durante caminhada política na cidade de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais. Em depoimento à PF ele confessou o crime. Posteriormente, os advogados do acusado alegaram que ele tem problemas psquiátricos.