A investigação do Ministério Público de Pernambuco apontou que o esquema de funcionários fantasmas na Câmara de Vereadores do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, não é recente. A revelação foi feita nesta quinta-feira (20) durante os esclarecimentos sobre a Operação Ghost, desencadeada na quarta (19).
Parlamentares afastados
Os parlamentares são acusados de organização criminosa e peculato caracterizado pelo desvio de dinheiro público. Ninguém foi preso, mas os parlamentares estão impedidos de entrar no prédio da Câmara de Vereadores do Cabo. Foram afastados do mandato: Mario Anderson da Silva Barreto, Anderson Bocão, do PSB e presidente do legislativo municipal, Ezequiel Manoel dos Santos, do PT e vice-presidente, Amaro Honorato da Silva Amaro do sindicato do PRP e primeiro secretário. Já Neemmias José Silva do PV e Gessé Valério de Oliveira do PR não integram a mesa diretora da casa.
Foram identificadas seis pessoas que eram contratadas como cargos comissionados, porém só compareciam para receber o salário. Parte da quantia ia para o bolso dos vereadores, num prejuízo aos cofres públicos aproximado de R$ 1 milhão.
Investigações
As investigações conjuntas do Ministério Público e Polícia Civil tiveram início em março do ano passado. O trabalho está em andamento, pois falta a análise do material apreendido na casa dos envolvidos, entre documentos e computadores.
A delegada Patrícia Domingos suspeita que outras pessoas podem estar se aproveitando do esquema irregular:
O Ministério Público recebeu denúncias da existência de funcionários fantasmas na legislatura anterior a esse. O promotor de justiça Henrique Souto Maior afirma que a farra foi descoberta a partir de denúncias ao órgão de controle externo: