ABUSO SEXUAL

Polícia investiga se suspeito de estuprar de pelo menos 9 garotos fez mais vítimas

Carlos Alberto de Souza Gusmão, de 47 anos, oferecia dinheiro aos garotos, que tem entre 10 e 14 anos, para praticar os estupros

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 25/09/2018 às 14:04
Reprodução/ TV Jornal
FOTO: Reprodução/ TV Jornal

Após a prisão do homem suspeito de ter abusado sexualmente de um garoto de treze anos no bairro de Peixinhos, em Olinda, o Ministério dos Direitos Humanos investiga denúncias de novas vítimas feitas pelo criminoso.

De acordo com a polícia, ao menos nove garotos foram abusados por Carlos Alberto de Souza Gusmão, de 47 anos, conhecido como Carlinhos do Bicho. Ele foi preso por mandado de prisão preventiva. Ele é suspeito de estuprar meninos entre dez e 14 anos, na maioria moradores de rua viciados em cola e outras drogas.

A última vítima do agressor sexual contou o caso a mãe que procurou a polícia e fez a denúncia. No bairro, a população já conhecia o suspeito.

Na Associação de Moradores de Peixinhos, o presidente Flávio Nascimento afirma que as crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social estão mais propensas a sofrer violência na região.

No último ano foram registrados nos dois conselhos tutelares da região 80 casos de violência sexual contra menores. Número que preocupa o órgão. De acordo com o conselheiro Roberto Santana falta estrutura do município para atender as vítimas e políticas para combater os crimes.

Confira os detalhes na reportagem de Juliana Oliveira:

Em relação ao adolescente vítima de estupro, a Secretaria Executiva de Assistência Social de Olinda informa que está acompanhando o caso e prestando atendimento a vítima e a família.

Suspeito oferecia dinheiro

“Carlinhos do Bicho” chamaria as crianças para ver jogos de futebol em sua casa. Ele oferecia quantias em dinheiro, como R$ 5, R$ 10 e R$ 15 para que os meninos praticassem sexo com ele. Em um caso, ele teria aliciado uma criança oferecendo uma bicicleta velha em troca de atos sexuais. A polícia fez diligências nas proximidades de onde o acusado mora, mas ele se apresentou voluntariamente à Delegacia de Peixinhos, acompanhado de advogado.

O acusado vai responder pelos crimes de estupro de vulnerável, exploração sexual, e publicação de vídeos com cenas de estupro de vulnerável. Carlos Alberto, que se encontra preso preventivamente no Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) desde a tarde da sexta-feira (21), em Abreu e Lima, pode ser condenado a 30 anos de prisão.