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Vice de Bolsonaro volta a criticar o 13º: "todos saem prejudicados"

General Hamilton Mourão (PRTB) já havia criticado o 13º salário na semana passada, comparando o direito com jabuticabas

Antônio Gabriel Machado
Antônio Gabriel Machado
Publicado em 02/10/2018 às 14:42
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O general Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), voltou a tecer críticas ao 13º salário nesta terça-feira (2). Em palestra no Rio Grande do Sul, na semana passada, Mourão já havia classificado o 13º como uma 'jabuticaba', algo que só acontece no Brasil. Dessa vez, Mourão afirmou que, com o 13º, todos saem prejudicados.

“O 13º eu simplesmente disse que tem que ter planejamento, entendimento de que é um custo. Na realidade, se você for olhar, seu empregador te paga 1/12 a menos [por mês]. No final do ano, ele te devolve esse salário. E o governo, o que faz? Aumenta o imposto para pagar o meu. No final das contas, todos saímos prejudicados”, disse o vice de Bolsonaro enquanto desembarcava no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Ainda após a primeira crítica, Bolsonaro repreendeu Mourão, pedindo para que ele ficasse 'quieto pois estava atrapalhando'. Em sua página oficial no twitter, o presidenciável ainda disse que quem fala em mexer no salário comete “ofensa ao trabalhador” e “confessa desconhecer a Constituição”.



“Se você recebesse seu salário condignamente, você economizaria e teria mais no final do ano. Essa é minha visão. Não pode acabar [o 13º]. O que eu mostrei é que tem que haver planejamento. Você vê empresa que fecha porque não tem como pagar. O governo tem que aumentar imposto, e agora já chegou no limite e não pode aumentar mais nem emitir títulos. Uma situação complicada”, continuou Mourão nesta terça-feira (2).

Chamada recebida por Bolsonaro

Sobre a atitude de Bolsonaro, Mourão atribuiu "à maneira dele de se expressar", recorrendo a expressão em inglês "i can live with that", ou, "eu posso viver com isso".