O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, admitiu que não houve controle interno nas estatais para combate à corrupção durante os últimos governos petistas. Haddad foi questionado pelas declaração do senador derrotado no Acre Jorge Viana, que afirmou que 'o PT não reconheceu prática de corrupção'.
"Faltou controle interno das estatais, isso ficou claro. Os diretores ficaram soltos para promover corrupção e enriquecer", disse Haddad em entrevista à Folha de S. Paulo neste sábado (13).
O presidenciável ainda citou a controladoria interna implantada pelo Ministério da Educação, implantada na época que comandou a pasta, e afirmou que pretende estender a prática para as estatais. Sobre culpados, Haddad disse que cabe a Justiça dar a palavra final depois da conclusão dos processos.
A prisão de nomes do partido, caso confirmado enriquecimento pessoal, também foi admitida pelo petista. "Aí é pior. Se algum dirigente comete erro, garantido o amplo direito de defesa, mas se concluir que alguém enriqueceu, tem que ir para a cadeia".
Debate com Bolsonaro
Fernando Haddad ainda voltou a desafiar Jair Bolsonaro (PSL) para um debate, mesmo que nas regras propostas pelo adversário de segundo turno.
Sobre as acusações de ser 'fantoche de Lula', Haddad rebateu: "um cara que bate continência para a bandeira americana não tem moral para falar de outra pessoa".