Eleições

TSE convoca campanhas de Bolsonaro e Haddad para assinar acordo contra fake news

As fake news entraram na agenda do TSE desde o início da preparação do processo eleitoral e quer pacto entre candidato

Antônio Gabriel Machado
Antônio Gabriel Machado
Publicado em 16/10/2018 às 10:41
Rádio Jornal
FOTO: Rádio Jornal

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, vai se reunir, nesta terça-feira (16), com os coordenadores das campanhas dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Na pauta do encontro, previsto para as 18h, em Brasília, estão as notícias falsas veiculadas especialmente nas mídias sociais.

As notícias falsas (fake news, em inglês) entraram na agenda do TSE desde o início da preparação do processo eleitoral. O tribunal chamou os partidos a assinarem um acordo contra as notícias falsas, reforçou a equipe que monitora essa prática e agora tenta um pacto entre os dois candidatos para evitar a disseminação de fake news.

Para os ministros do TSE, as notícias falsas podem abalar a credibilidade do pleito. Haddad chegou a propor um acordo com o adversário para evitar as fake news, mas Bolsonaro recusou, via mídias sociais.

Decisões do TSE têm tirado notícias falsas da internet. Na semana passada, o ministro Luis Felipe Salomão negou um pedido da coligação de Haddad (PT/PCdoB/PROS) para remoção de conteúdo veiculado no grupo do WhatsApp “a Rede – Eleições 2018”.

Para Salomão, as mensagens enviadas pelo aplicativo não são abertas ao público, como acontece nas redes sociais. Nesse caso, segundo o ministro, a comunicação fica restrita a um grupo de pessoas.

Pesquisa Ibope

A menos de duas semanas para o segundo turno da eleição presidencial, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tem 59% das intenções de voto, contra 41% do petista Fernando Haddad, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada nesta segunda-feira, 15.

O cálculo considera apenas os votos válidos, ou seja, exclui os nulos, brancos e indecisos. Levando em conta o eleitorado total, Bolsonaro lidera por 52% a 37%. Há ainda 9% dispostos a anular ou votar em branco, e 2% que não souberam responder.

Bolsonaro abriu 18 pontos porcentuais de vantagem nos votos válidos desde o primeiro turno, realizado no dia 7, quando ficou à frente do principal adversário por 46% a 29%.