Mesmo com um avanço tímido nas eleições 2018, os candidatos ligados às minorias têm o que comemorar com representantes espalhados pelas assembleias estaduais e no congresso federal. O crescimento acontece em um pleito marcado pelo avanço conservador do 1º turno.
Para o cientista político da UFPE, Adriano Oliveira, não há total consistência no discurso contra as minorias e ainda é cedo para falar na existência do “Bolsonarismo”. Acompanhe os detalhes na segunda reportagem da série “Novo cenário político: o que vem depois do voto”, com os jornalistas Natália Hermosa e Rafael Souza.
Com discurso conservador e um histórico de enfrentamento com mulheres, negros, indígenas e nordestinos, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) liderou a votação na primeira fase com mais de 46% dos votos válidos. Contudo, para o professor Adriano Oliveira, ainda não há componentes que embasem um movimento político, o “Bolsonarismo”. “É diferente do lulismo, por exemplo, que tem raiz”, argumenta.
Destaque na eleição pernambucana, a chapa coletiva Juntas, do PSOL, formada por cinco mulheres, entre elas uma advogada trans, recebeu mais de 39 mil votos. Apesar da gestão ser compartilhada, apenas uma integrante do grupo é empossada. A escolhida foi Jô Cavalcanti, uma ambulante que faz parte do movimento dos trabalhadores sem-teto.
O mandato coletivo é novidade em Pernambuco, mas em outros cantos do país, como Minas Gerais e Goiás, já é uma realidade. Para a cientista política Priscila Lapa, esse novo modelo partidário traz pluralidade para as discussões políticas.
Casos que também merecem destaque são o de Fabiano Contarato (REDE/RR) primeiro gay assumido eleito pelo senador no Espírito Santo. Contarato desbancou um político tradicional, o senador Magno Malta (PR), ligado às pautas conservadoras e ao próprio Bolsonaro.
No Rio de Janeiro, Marielle virou semente. Três ex-assessoras da vereadora Marielle Franco, do PSOL, executada no mês de março deste ano, foram eleitas deputadas estaduais. Também é importante destacar o crescimento do número dos parlamentares negros, que passou de 106 para 125, apesar da categoria não chegar a representar um quarto dos 513 deputados federais.
A bancada feminina subiu. Foram eleitas 77 mulheres pra o congresso nacional. Em 2014 eram 51. Um crescimento de 15%. E pela primeira vez, uma mulher indígena foi eleita deputada federal. A advogada Joênia Wapixana (REDE/RR).
O cientista político Adriano Oliveira, acredita que apesar da ascensão de Bolsonaro, líder nas pesquisas desde o primeiro turno, ainda não é possível afirmar que esse movimento contrário às minorias é sólido.
A série “Novo Cenário Político: o que vem depois do voto” chega ao fim nesta sexta-feira indicando como o novo congresso deve se comportar nos próximos quatro anos.
Este conteúdo é exclusivo para assinantes JC
Não localizamos uma assinatura ativa do JC para esta conta.
Para acessar este e outros conteúdos exclusivos, assine aqui.
Seu e-mail não é {{ email }} ou precisa trocar de conta?
Entre novamente.
{{ signinwall.metadata.blocked_text }}
Já é assinante?
Selecione o seu plano
{{ plans.first.name }}
R$ {{ plans.first.formatted_price }} /{{ plans.first.subscription_type }}
{{ plans.first.paywall_description }}
{{ plans.second.name }}
R$ {{ plans.second.formatted_price }} /{{ plans.second.subscription_type }}
{{ plans.second.paywall_description }}
{{ plans.third.name }}
R$ {{ plans.third.formatted_price }} /{{ plans.third.subscription_type }}
{{ plans.third.paywall_description }}
Pagamento
Assinatura efetuada com sucesso!
Agora você tem acesso a todo o conteúdo do nosso portal!
voltar para o conteúdoNão foi possível realizar sua assinatura.
Por favor, verifique as informações de pagamento e tente novamente.