ATENTADO

Atentado suicida em local de votação deixa mortos em Cabul

Mais de 10 pessoas, incluindo civis e policiais foram mortos no atentado

Fellipe Leandro
Fellipe Leandro
Publicado em 20/10/2018 às 18:18
AFP
FOTO: AFP

Pelo menos oito policias morreram e sete pessoas ficaram feridas em um atentado suicida neste sábado (20) sábado em Cabul, no Afeganistão, pouco antes do encerramento das eleições parlamentares que deixaram dezenas de mortos e 125 feridos em todo o país.

Um insurgente que usava colete com explosivos tentou entrar em um colégio eleitoral no norte de Cabul, mas os agentes perceberam e evitaram o acesso.

"Infelizmente, o criminoso detonou os explosivos, feriu sete pessoas e matou oito policias", disse à Agência EFE o porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, quando ainda não tinha o número exato de vítimas.

De acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde do Afeganistão, Zear Khan, conforme informações iniciais, 27 pessoas ficaram feridas e cinco morreram no atentado. Ele não divulgou a identidade das vítimas.

A fonte tinha informado anteriormente sobre uma série de explosões em Cabul, deixando "78 feridos e três mortos", todos civis. Além disso, na província nortista de Kunduz, cerca de 50 bombas e outros ataques durante o dia "deixaram pelo menos dois mortos e mais de 40 feridos", segundo o chefe do Conselho Provincial, Yusuf Ayubi.

Segurança reforçada

Para garantir a segurança no pleito, o governo afegão desdobrou 70 mil soldados e policias em todo o país, conforme informou o Ministério de Interior. O número representa um aumento de 16 mil militares com relação ao anunciado.

Enquanto isso, os talibãs lembraram hoje à população que "os centros eleitorais do inimigo em todo o país estão sob ataque" dos insurgentes e pediram para que a população não participasse deste "processo" falso se desejasse "salvar suas vidas", segundo um comunicado divulgado pelo portavoz talibã, Zabihullah Mujahid.

Previstas inicialmente para 2015, mas adiadas por causa da falta de segurança, da instabilidade política e de problemas financeiros, as eleições são vistas como uma prova de fogo para a frágil democracia afegã e como um teste antes do pleito presidencial marcado para abril do ano que vem.