Eleições

New York Times intitula editorial sobre Bolsonaro como 'escolha triste do Brasil'

Jornal americano lista falas polêmicas de Bolsonaro e ainda o chama de 'nostálgico de generais toturadores'

Antônio Gabriel Machado
Antônio Gabriel Machado
Publicado em 22/10/2018 às 11:15
Acervo/Agência Brasil
FOTO: Acervo/Agência Brasil

Um dos principais jornais do planeta, o americano New York Times, publicou um editorial nesta domingo (21) entitulado 'escolha triste do Brasil', se referindo ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) ser o líder nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República.

O texto foi escrito pelo conselho editorial do jornal, e afirma que “é um dia triste para a democracia quando a desordem e a decepção levam eleitores à distração e abrem a porta para populistas ofensivos, rudes e agressivos”.

O New York Times ainda aponta Bolsonaro como um político de direita, listando declarações que considera 'misógina e homofóbica', uma delas a que o capitão afirma que preferiria que seu filho morresse a ser homossexual. Também relembra o episódio em que o político disse a Maria do Rosário, colega de Câmara, que ela 'não merecia ser estuprada' por ser 'muito feia'.

O jornal ainda cita o que chama de 'nostalgia de Bolsonaro por generais torturadores' da ditadura militar.

Contexto do cenário eleitoral

O New York Times ainda cita a recessão econômica brasileira, a Operação Lava Jato, a prisão do ex-presidente Lula (PT) e o impeachment de Dilma Rousseff (PT), com o intuito de contextualizar o atual cenário eleitoral, ressaltando 'o desespero dos brasileiros por mudança'.

“Os pontos de vista nojentos de Bolsonaro são interpretados como sinceridade, sua obscura carreira como parlamentar como a promessa de um forasteiro que vai limpar a corrupção”, diz o jornal.

Sobre Fernando Haddad (PT), o jornal afirma que o candidato "falhou em superar a associação de seu partido com corrupção e má administração”, aumentando o antipetismo.