O Ministério Público Militar (MPM) informou que não têm competência para julgar as declarações do coronel da reserva do Exército Antônio Carlos Alves Correia contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o órgão, não se trata de crime militar e por isso deve ser analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), junto à Justiça comum. O coronel desferiu ofensas e ameaças à ministra e presidente do STF, Rosa Weber e aos demais decanos do órgão colegiado, através de um vídeo, postado por ele, nas redes sociais.
Durante a gravação, Antônio Carlos chama Rosa Weber de "salafrária e corrupta", se referindo ao dia em que ela recebeu membros do Partido dos Trabalhadores (PT), que pediam aplicação de medidas cautelares emergenciais, na investigação das notícias de que empresas que apoiam o candidato à presidência, Jair Bolsonaro, do PSL, estariam pagando para impulsionar sua campanha, via WhatsApp.
Declaração do Exército
O Exército informou que as declarações do coronel da reserva não espressam o pensamento e a conduta da instituição. A corporação enviou uma representação ao Ministério Público MIlitar, requisitando que fosse investigado o cometimento de ilegalidade. Não é a primeira vez que o coronel emite declarações como essas. Em julho desse ano, o MPM instaurou um procedimento para investigar outras afirmações, sobre outras autoridades, que acabou sendo encaminhado ao Ministério Público Federal.