Crime

Financiador 'some' e advogados de defesa de agressor de Bolsonaro podem deixar o caso

Segundo advogado de defesa de Adélio Bispo, agressor de Bolsonaro, financiador não entrou mais em contato

Antônio Gabriel Machado
Antônio Gabriel Machado
Publicado em 25/10/2018 às 11:57
Reprodução/Facebook
FOTO: Reprodução/Facebook

O financiador dos advogados de defesa de Adélio Bispo de Oliveira, autor confesso da facada no presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) durante ato no interior de Minas Gerais, teria deixado de manter contato e 'sumido', segundo informação do jornal Gazeta do Povo.

O advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que participa da defesa de Adélio, não revelou a identidade do financiador, mas afirmouq que se trata de alguém que conheceu Adélio numa igreja evangélica. Segundo ele, a pessoa deixou de manter contato.

Zanone disse que o pagamento foi divido em duas partes. A primeira delas foi recebida em dinheiro em seu escritório, enviada através de um emissário. "Fez o pagamento, ficou devendo a outra parte e não voltou mais", disse Zanone.

O advogado ainda não tem uma decisão a respeito de deixar o caso em falta de pagamento, no entanto, 'por experiência própria', ele disse acreditar que o caso pode demorar de seis a sete anos para chegar no Supremo Tribunal Federal (STF).

A defesa cobrou e fez ações que demandam custos, como enviar um psiquiatra para avaliar a sanidade de Adélio Bispo, visitas à Penitenciária Federal de Campo Grande, entre outras, realizadas numa parceria com ao menos cinco escritórios em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.

"Se for pensar, essa pessoa está certinha. Imagina se alguém descobre quem é. Corre mais risco que o Adélio", disse Zanone, que não estranha o sumiço do financiador.

Conseguiu o que queria

Zanone ainda afirmou que a defesa 'conseguiu tudo o que quis', sendo o primeiro objetivo a prisão de Adélio e a não concessão de habeas corpus que colocasse o réu em risco. Outro objetivo era não transferir o caso para o sistema estadual federal.