Política

Bolsonaro defende redução da maioridade para 14 anos, mas reconhece inviabilidade

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda relativizou o regime militar, defendendo que não se tratou de uma ditadura

Antônio Gabriel Machado
Antônio Gabriel Machado
Publicado em 30/10/2018 às 13:25
Fernando Frazão/ Agência Brasil
FOTO: Fernando Frazão/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que gostaria de diminuir a maioridade penal para 14 anos de idade, porém reconheceu que a chance de aprovar esse limite é 'quase impossível'. Para ele, a redução da maioridade implicaria na redução da criminalidade no país.

"Desde que cheguei em Brasília, eu luto pela redução da maioridade penal. Era quase impossível, porque a esquerda sempre teve uma força muito grande dentro do parlamento. Perderam força agora. Talvez consigamos reduzir. Pode ter certeza, que reduzindo a maioridade penal, a violência tende a diminuir", disse Bolsonaro em entrevista à Band nesta segunda-feira (29).

Ainda segundo o presidente, os jovens de 16 a 17 anos praticam crimes por saber que serão punidos por pouco tempo. "Se não for possível 16, passa para 17, daí o futuro presidente, se tiver resultado, tenta o 16. Eu gostaria que fosse 14, mas se botar 14 a chance é quase zero de ser aprovada".

"Período militar não foi ditadura, como esquerda pregou", diz Bolsonaro

Ainda em sua entrevista, Jair Bolsonaro amenizou o período ditatorial militar no Brasil, afirmando ter sido alvo de pessoas que queriam usá-lo para extravasar a contrariedade com o período.

"Em nenhum momento, eu deixei que eles tripudiassem em cima das Forças Armadas ou da minha pessoa. Então, muita coisa aconteceu ali, naquele contexto. Então, não tem arrependimento. Estou muito feliz que eu mostrei que realmente, hoje em dia, boa parte da população entende, que o período militar não foi ditadura, como a esquerda sempre pregou", comentou Bolsonaro.

A reforma da Previdência ainda foi defendida pelo presidente eleito, que reafirmou que vai tentar garantir sua aprovação.

"Ainda como está, pode ser um pouco desfavorável a possibilidade de aprovação, mas queremos aproveitar alguma coisa da reforma da Previdência. Qualquer passo que por ventura seja dado agora nos ajudará e muito a partir do ano que vem", concluiu.