Brasília

Condenados por corrupção não estarão em ministérios, diz Bolsonaro

Alberto Fraga (DEM-DF), condenado a quatro anos de prisão, havia sido citado como provável ministro de Bolsonaro

Antônio Gabriel Machado
Antônio Gabriel Machado
Publicado em 31/10/2018 às 14:53
Agência Brasil
FOTO: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), através de sua conta oficial no Twitter nesta quarta-feira (31), afirmou que não escolherá ministros envolvidos ou condenados em casos corrupção. Os nomes serão divulgados pelas redes sociais do capitão reformado.

Bolsonaro não citou nomes e nem deixou claro se cogita aqueles investigados pela justiça. Mais cedo, o presidente eleito confirmou o astronauta Marcos Pontes para o ministério de Ciência e Tecnologia, sendo o quarto confirmado para o futuro governo, que já conta com Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil, Paulo Guedes para o superministério da Economia e o general Heleno (PRP) para a Defesa.

Veja o tweet de Bolsonaro



Mesmo assim, Onyx, por exemplo, admitiu no ano passado ter recebido cerca de R$ 100 mil em caixa dois da empresa JBS, argumentando ainda que o dinheiro havia sido gasto para quitar dívidas da campanha de 2014, concordando que deveria 'pagar pelo erro'. De qualquer forma, até o momento, nenhum inquérito foi aberto contra o deputado gaúcho.

Ainda neste mês, precisamente no dia 23, cinco dias antes das eleições, Jair Bolsonaro se reuniu com integrantes da Frente Parlamentar da Segurança Pública, onde afirmou que contaria com Alberto Fraga (DEM-DF), líder da bancada da bala, no Planalto. Fraga foi condenado a quatro anos de prisão, em regime semiaberto, no último mês de setembro, por concussão (exigir uma vantagem ilícita em razão do cargo). O deputado nega a prática.

O próprio Alberto Fraga, que estará sem mandato a partir de 2019, ainda afirmou que Bolsonaro o queria como ministro de Relações Institucionais.

Na mesma semana, o mesmo Bolsonaro publicou uma mensagem em seu Twitter, sem citar nomes, onde dia
que dizia: "Com intuito de se promover ou nos desgastar, oportunistas se anunciam ministros. Estes, de antemão, já podem se considerar fora de qualquer possível governo".