Um dia após a Petrobras anunciar um reajuste de 8,5% no preço do gás liquefeito de petróleo de uso residencial (GLP), a procura pelo produto nas revendas se intensificou. No ponto de venda localizado em Campo Grande, Zona Norte do Recife, os preços ainda já subiram. O botijão de 13 quilos custava R$ 60 e agora é vendido por R$ 65.
A dona de casa Cristina de Oliveira Félix nem sabia do reajuste quando foi à revenda. Ela conta que foi pega de surpresa com o aumento. "Já estava caro e agora vai ficar mais caro ainda", disse. Saiba mais na reportagem de Rafael Carneiro:
Em uma revenda no bairro do Hipódromo, os clientes chegam em busca de uma promoção com o gás sendo vendido a R$ 55. Na casa do aposentado Manuel de Mendonça, o gás ainda não acadou, mas ele aproveitou que estava com dinheiro para garantir a economia. "Antes que realmente chegue ao preço total, eu vim aproveitar a oferta porque faz uma diferença", explica.
O proprietário da revenda, Victor Hugo de Carvalho promete zerar este estoque sem aumentar o preço. Ele diz que os custos e a concorrência com as revendas irregulares dificultam o comércio. "A gente está colocando preço competitivo e a dona de casa tem que ter cuidado para não comprar a qualquer um e ser enganada", completa.
O reajuste
Os preços do gás liquefeito de petróleo de uso residencial (GLP-P13) - gás de cozinha de 13 quilogramas - foram reajustados em 8,5% desde a última quinta-feira (6). De acordo com a Petrobras, na média nacional, o preço de venda nas refinarias da companhia, sem tributos, será equivalente a R$ 25,07. Desde janeiro, quando passou a ter reajustes trimestrais, a alta acumulada do produto é de R$ 0,69 ou 2,8%.
Para seguir a metodologia atual, a Petrobras aplicou, este ano, reduções nos preços em janeiro e abril e uma elevação em julho. O preço representa um ajuste de R$ 1,97 em relação aos R$ 23,10 em vigor desde julho. Segundo a companhia, os motivos para a alteração dos preços foi a desvalorização do real frente ao dólar e as elevações nas cotações internacionais do GLP. “A referência continua a ser a média dos preços do propano e butano comercializados no mercado europeu, acrescida da margem de 5%”, apontou.