O atual ministro da segurança pública, Raul Jungmann, declarou nesta quinta-feira (08) que avalia como positiva a intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro. De acordo com ele, a intervenção, iniciada em fevereiro de 2018, reduziu a violência no estado, mas os números eram tão alarmantes que a situação segue grave. Escute a entrevista na íntegra no áudio abaixo.
Intervenção pode acabar a qualquer momento
Raul Jungmann diz que a situação era tão ruim na área da segurança, que uma melhora é difícil de ser percebida: “Era como baixar uma febre de 41 para 38”, comparou. Ele ainda disse que a intervenção pode ser suspensa a qualquer momento para o Congresso poder votar a Reforma da Previdência.
“Se os presidentes entrarem em entendimento, em 24 horas a intervenção cai. Só é preciso o entendimento da equipe do presidente eleito”, disse Jungmann. Ele acrescenta que todos os indicadores de violência, como roubos e assassinatos, foram reduzidos no estado do Rio de Janeiro.
Sobre a transição entre as gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PSL), Jungmann disse que teve uma reunião proveitosa com o juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública. “Reunião com Moro foi boa, já tínhamos relacionamento por força do cargo. Relação já era muito cordial”, acrescentou o ministro que garantiu que não quer espaço / cargo no novo governo: “Quero dar uma parada geral na minha vida”, acrescentou.