ENTREVISTA

Era como baixar uma febre de 41º para 38º, diz Jungmann sobre Intervenção no Rio

Ministro da Segurança Pública diz que intervenção deu certo, mas números eram muito altos. Jungmann diz que decreto pode ser derrubado por votação da Reforma da Previdência

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 08/11/2018 às 9:45
Foto: Marcelo Camargo / ABr
FOTO: Foto: Marcelo Camargo / ABr

O atual ministro da segurança pública, Raul Jungmann, declarou nesta quinta-feira (08) que avalia como positiva a intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro. De acordo com ele, a intervenção, iniciada em fevereiro de 2018, reduziu a violência no estado, mas os números eram tão alarmantes que a situação segue grave. Escute a entrevista na íntegra no áudio abaixo.

Intervenção pode acabar a qualquer momento

Raul Jungmann diz que a situação era tão ruim na área da segurança, que uma melhora é difícil de ser percebida: “Era como baixar uma febre de 41 para 38”, comparou. Ele ainda disse que a intervenção pode ser suspensa a qualquer momento para o Congresso poder votar a Reforma da Previdência.

“Se os presidentes entrarem em entendimento, em 24 horas a intervenção cai. Só é preciso o entendimento da equipe do presidente eleito”, disse Jungmann. Ele acrescenta que todos os indicadores de violência, como roubos e assassinatos, foram reduzidos no estado do Rio de Janeiro.

Sobre a transição entre as gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PSL), Jungmann disse que teve uma reunião proveitosa com o juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública. “Reunião com Moro foi boa, já tínhamos relacionamento por força do cargo. Relação já era muito cordial”, acrescentou o ministro que garantiu que não quer espaço / cargo no novo governo: “Quero dar uma parada geral na minha vida”, acrescentou.