RESSOCIALIZAÇÃO

Funase de Abreu e Lima deve estar completamente desativada até 2020

A unidade da Funase de Abreu e Lima, no Grande Recife, deixou de receber os socioeducandos nesta sexta-feira (16)

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 16/11/2018 às 17:32
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FOTO: Reprodução/ Internet

A Funase de Abreu e Lima, no Grande Recife, deixou de fazer permutas de socioeducandos nesta sexta-feira (16). O Centro de Atendimento Socioeducativo já não recebia novos infratores desde 1º de setembro deste ano. As medidas fazem parte do processo de desativação gradual da unidade. Até 1º de setembro de 2020, o espaço, que foi cenário de várias rebeliões, deverá estar totalmente inativo, conforme acordo entre o Ministério Público Estadual e o Estado de Pernambuco.

Só no ano passado, quatro jovens foram mortos e 35 fugiram. Em 31 de agosto, último dia em que o centro pôde receber novos socioeducandos, a unidade, que tem capacidade para 98 jovens, abrigava 275 adolescentes de 16 a 17 anos e seis meses.

Segundo Deila Martins, coordenadora executiva do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), a desativação da Funase de Abreu e Lima decorre de ação civil pública que tramitou na Vara Regional da Infância e Juventude, que apresentou irregularidades.

A coordenadora executiva apontou, ainda, violações aos direitos humanos e a falta de acesso à educação.

Confira os detalhes na reportagem de Gabriela Bento:

Número de internos diminui

Atualmente, segundo a Funase, são 210 socioeducandos, já que justiça promoveu pelo menos três audiências concentradas e mutirões para revisão dos processos. Em nota, a Funase informa que os adolescentes que dariam entrada no Centro de Abreu e Lima estão sendo encaminhados às unidades do Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Timbaúba e Vitória de Santo Antão.