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Argentina admite que não tem recursos para retirar submarino do fundo do mar

O comandante da Marinha disse que há outros problemas para retirar o submarino do mar

Agência Brasil
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Publicado em 17/11/2018 às 15:13
EFE / Argentina
FOTO: EFE / Argentina

O ministro de Defesa da Argentina, Oscar Aguard, reconheceu neste sábado que o país não tem meios para retirar o submarino ARA San Juan, localizado durante a madrugada no Oceano Atlântico após um ano de buscas, no fundo do mar.

"Eu diria que não, que não temos os meios. Não tínhamos nem os meios para encontrá-lo. Também não temos ROV (veículos de inspeção remota) para descer nessa profundidade. Nem temos equipamento para extrair uma embarcação com essas características", afirmou o ministro em entrevista coletiva concedida em Bunos Aires.

Explosão

O comandante da Marinha da Argentina, José Luis Villán, afirmou que há outros problemas para retirar o submarino do mar, como exigem os familiares dos 44 tripulantes que estavam a bordo.

Primeiro, segundo ele, há uma impedimento legal, já que seria necessária uma autorização da juíza que investiga o caso. Além disso, questões de ordem técnica precisam ser resolvidas para que a operação seja realizada com sucesso.

Villán também confirmou que o submarino se partiu em várias partes, que estão espalhadas em uma área de 800 metros quadrados.

"A localização exata é muito próxima do lugar da anomalia hidroacústica (consistente com uma explosão, detectada por agências internacionais em 2017). É a área onde tínhamos considerado que havia 90% de chance de ele estar nela. Todas as equipes buscaram nessa área", explicou Villán durante a entrevista coletiva.

O comandante da Marinha informou que o submarino foi localizado a 907 metros de profundidade pela companhia americana Ocean Infitiny, a cerca de 600 quilômetros do litoral da argentina.