O médico Cláudio Amaro Gomes, que teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), recorreu em instância superior, no Conselho Federal de Medicina (CFM). A sessão está marcada para a próxima sexta-feira (23), no CFM, em Brasília, às 9h.
Cláudio perdeu a licença em abril deste ano após ser julgado pelo Cremepe pela conduta ética-profissional e condenado na esfera administrativa a não exercer mais a profissão médica. Cláudio, que está preso há quase cinco anos, é acusado de ser o mandante do assassinato do também médico Artur Eugênio de Azevedo em maio de 2014.
Para a médica oncologista Carla Rameri de Azevedo, viúva do médico Artur Eugênio de Azevedo, o resultado deve ser mesmo do Cremepe.
Confira os detalhes na reportagem:
Cassação no Cremepe
Em abril deste ano, os conselheiros analisaram a denúncia de que Cláudio Amaro faltou com a ética, assediou moralmente e perseguiu Artur Eugênio durante o exercício da profissão no tempo em que os dois trabalharam juntos. Desde 1958, o Cremepe só cassou os direitos de cinco médicos.
Relembre o caso
O médico Artur Eugênio de Azevedo foi assassinado a tiros no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião só foi encontrado no dia seguinte, às margens BR-101, no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife.
De acordo com a denúncia oferecida ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o crime teria sido motivado por desentendimentos profissionais entre Cláudio Amaro Gomes e a vítima. A investigação, comandada pelo delegado Guilherme Caraciolo, apontou, ainda, que Cláudio Amaro Gomes seria o mandante do crime.
Um quinto acusado, Flávio Braz, foi morto numa troca de tiros com a Polícia Militar, no dia 8 de fevereiro de 2015.