Dois anos após a queda do avião que levava a delegação da Chapecoense para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, o clube e algumas das famílias das vítimas do acidente que matou 71 pessoas abriram um processo conjunto contra a Aerocivil da Colômbia, autoridade de aviação do país.
O processo foi aberto na última quarta-feira (28) e o prazo para entrar com ações vai até esta quinta-feira (29). O avião da empresa Lamia, que levava a equipe da Chape além de jornalistas e convidados, saiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com destino a Medellín, mas caiu pouco antes de pousar no aeroporto José María Córdova.
Até o momento, nenhuma indenização foi paga
No último mês de setembro, os membros da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense (AFAV-C) viajaram até a Colômbia e a Bolívia com o objetivo de buscar mais informações e formalizar um pedido de indenização pela morte dos 71 passageiros.
A Chape concedeu todo apoio a AFAV-C, que corria contra o tempo para não perder o prazo de entrada de ação, que expira ao final do mês de novembro. A meta era apresentar a ação coletiva em outubro, mas isso não aconteceu. Até setembro, nenhum familiar havia recebido nada pelas mortes.
De acordo com a AFAV-C, a seguradora ofereceu cerca de 225 mil dólares para cada família, valor que não foi aceito. Estima-se que o processo todo deve levar cinco anos na justiça.
Falta de combustível causou acidente
As autoridades responsáveis pela investigação do acidente aéreo chegaram a conclusão que a queda do avião foi causada por falta de combustível. Os funcionários da Lamia foram apontados como culpados por falhas técnicas.