Voo da Chapecoense

Famílias das vítimas do voo da Chape abrem processo em conjunto contra aviação colombiana

Dois anos após da queda do voo da Chapecoense, que deixou 71 mortos, nenhum familiar recebeu indenização

Antônio Gabriel Machado
Antônio Gabriel Machado
Publicado em 29/11/2018 às 10:32
Beto Barata/Pr
FOTO: Beto Barata/Pr

Dois anos após a queda do avião que levava a delegação da Chapecoense para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, o clube e algumas das famílias das vítimas do acidente que matou 71 pessoas abriram um processo conjunto contra a Aerocivil da Colômbia, autoridade de aviação do país.

O processo foi aberto na última quarta-feira (28) e o prazo para entrar com ações vai até esta quinta-feira (29). O avião da empresa Lamia, que levava a equipe da Chape além de jornalistas e convidados, saiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com destino a Medellín, mas caiu pouco antes de pousar no aeroporto José María Córdova.

Até o momento, nenhuma indenização foi paga

No último mês de setembro, os membros da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense (AFAV-C) viajaram até a Colômbia e a Bolívia com o objetivo de buscar mais informações e formalizar um pedido de indenização pela morte dos 71 passageiros.

A Chape concedeu todo apoio a AFAV-C, que corria contra o tempo para não perder o prazo de entrada de ação, que expira ao final do mês de novembro. A meta era apresentar a ação coletiva em outubro, mas isso não aconteceu. Até setembro, nenhum familiar havia recebido nada pelas mortes.

De acordo com a AFAV-C, a seguradora ofereceu cerca de 225 mil dólares para cada família, valor que não foi aceito. Estima-se que o processo todo deve levar cinco anos na justiça.

Falta de combustível causou acidente

As autoridades responsáveis pela investigação do acidente aéreo chegaram a conclusão que a queda do avião foi causada por falta de combustível. Os funcionários da Lamia foram apontados como culpados por falhas técnicas.