Integrantes de organizações não-governamentais estão reunidos em frente à Policlínica Gouveia de Barros, no bairro da Boa Vista, no Recife, para protestar contra os serviços de saúde de diagnóstico e tratamento da AIDS e da sífilis. De acordo com o grupo, pacientes que precisam fazer exames de sangue estão sem atendimento porque a pessoa responsável pela realização da coleta está afastada do trabalho por licença maternidade. Saiba mais na reportagem de Juliana Oliveira:
De acordo com o assessor da ONG Gestos, Jair Brandão, outros serviços também estão faltando em várias unidades de saúde do Recife. A Gestos atua na defesa e promoção de direitos sexuais. “Isso é um sério problema. Pernambuco aumentou mais de 2 mil casos de HIV e está faltando testagem para HIV”, diz. “Um serviço de coinfecção para tuberculose, que é a doença que mais mata pessoas com HIV, deveria ter sido aberto desde 2012 e ainda não foi aberto”, afirma.
A paciente Andréa Costa procurou a Policlínica nesta manhã e não foi atendida. “Me disseram que tinha de chegar aqui muito cedo para conseguir uma vaga. Só tem 15 fichas por dia para quem quer fazer um teste”, desabafa.
Hospitais afetados
O protesto é pacífico e os integrantes estão com faixas e cartazes denunciando a falta de serviços e de médicos. Segundo eles, os problemas também atingem a policlínica Lessa de Andrade, o Hospital Correia Picanço, o Osvaldo Cruz, o Imip e o Hospital das Clinicas, todos no Recife, e a Policlínica Barros Barreto, em Olinda.