Relatos de alcoolismo, Síndrome do Pânico e depressão são transtornos psicológicos comuns entre os oficiais da Polícia Militar e do corpo de bombeiros segundo relatos da corporação. Neste final de semana, o PM Moisés Francisco de Lima Carvalho, de 49 anos, do 13º batalhão, atirou nos dois filhos durante uma discussão familiar na própria casa da família, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Os dois jovens tentavam defender a mãe das agressões do policial.
O sargento estava afastado das atividades e chegou a iniciar tratamento para dependentes químicos oferecido pela corporação. Um policial militar, que não quis ser identificado, afirma que os comandantes precisam estar mais atentos a saúde da tropa. Saiba mais na reportagem de Bruna de Oliveira:
O atendimento psicossocial é oferecido em unidades do Recife, Caruaru, Petrolina e Serra Talhada e também há o Núcleo Apoio ao Dependente Químico (NADEQ), no bairro do Derby, hoje tem 32 policiais em acompanhamento. A coronel Valdenise Salvador enfatiza que é simples encontrar apoio psicológico institucional. “Ou ele nos procura espontaneamente de maneira voluntário ou ele é apresentado pelo seu superior. Temos tentado manter um contato cada vez mais próximos das tropas”, diz. “No caso do sargento, ele passou um tempo com a gente, mas ele mesmo recusou o tratamento”, completa.
Tragédia familiar
O filho do PM, Moisés Francisco de Lima Carvalho Filho, de 27 anos, que está internado no Hospital Getúlio Vargas, segue em estado estável. Já o outro filho, Diego Augusto Francisco de Lima Carvalho, foi baleado no abdômen e morreu horas depois. Diego foi sepultado nessa segunda-feira (3).
Prisão
Com sinais alcoólicos, o sargento atirou nos dois filhos e acabou preso em flagrante e encaminhado ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (CREED), em Abreu e Lima. Na audiência de custódia realizada nessa segunda-feira, o sargento que tinha sido afastado das funções recentemente teve a prisão preventiva decretada.