Pernambuco

Casa de Farinha suspende fornecimento de merenda em 15 escolas do Estado

Alunos de escolas de regime integral foram liberados após o primeiro turno porque não havia merenda nas instituições. Casa de Farinha alega que não recebeu o pagamento por parte do Governo do Estado

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 05/12/2018 às 17:04
Foto: Reprodução / TV Jornal
FOTO: Foto: Reprodução / TV Jornal

O fornecimento de alimentos para a merenda foi suspenso em 15 escolas da rede estadual em 10 cidades de Pernambuco. De acordo com a empresa Casa de Farinha S.A, responsável pelo fornecimento da merenda, a suspensão se deu por falta de pagamento, que é feito pela Secretaria Estadual de Educação.

A Casa de Farinha alega ainda que a falta de pagamento é referente a notas fiscais de até seis meses, segundo noticiou o Jornal do Commercio. Ainda segundo a fornecedora, o serviço será restabelecido a partir desta quinta-feira (6), após a Secretaria Estadual de Educação haver assumido um novo compromisso de realizar os pagamentos nos próximos dias.

Em conversa com a reportagem da Rádio Jornal na manhã desta quarta-feira (5), alunos da Escola Olinto Victor, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, afirmaram que estão sem aulas no período integral desde a última segunda-feira (3). Os estudantes alegam ainda que passaram a ser liberados às 11h, justamente pela falta da alimentação.

Os pais dos alunos estão preocupados com a possível queda do rendimento escolar dos filhos por causa da situação nas unidades de ensino. Confira os detalhes com Rafael carneiro.

Ouça:

Notificação

Em novembro, após notificar o Governo do Estado sobre uma suspensão na distribuição de merendas escolares de 66 escolas em 35 cidades de Pernambuco, a Casa de Farinha S.A. afirmou ter recebido parte do pagamento e retomou prontamente a distribuição dos alimentos. Em nota, a empresa disse que recebeu o valor equivalente a cerca de 10% do débito total de cerca de R$ 8 milhões, pago via Secretaria de Educação.

Na ocasião, a empresa destacou que a continuidade do fornecimento estaria condicionada ao cumprimento do cronograma de pagamento que seria estabelecido com o Governo do Estado. "Entendemos a delicada situação financeira a qual o Estado se encontra, entretanto, a ausência de pagamentos por tanto tempo torna inviável a manutenção do serviço. Mesmo com os atrasos a Casa de Farinha vem honrando a folha de pagamento e os tributos necessários. Acreditamos no compromisso do Estado", afirmou a Casa de Farinha no último dia 20 de novembro.

De acordo com a Casa de Farinha, após o pagamento dos 10%, o governo estadual não seguiu o cronograma acertado. A reportagem do Jornal do Commercio contatou o Governo de Pernambuco, que deve se pronunciar sobre o assunto ao longo do dia.