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Caminhoneiro do Ibura passa de vítima a suspeito de mega-assalto

De acordo com a Polícia, o caminhoneiro Obadias Pereira da Silva teve participação ativa no assalto a banco em Bacanal, no Maranhão

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 07/12/2018 às 7:44
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FOTO: Cortesia

Obadias Pereira da Silva, de 44 anos, está preso em São Luís onde irá prestar depoimento. A polícia diz ter indícios de que o pernambucano participou sim do assalto ao centro de distribuição do Banco do Brasil.

A ousada ação criminosa ocorreu no domingo 25 de novembro, quando uma quadrilha fortemente armada atacou a cidade de bacabal, no maranhão. Mais de R$ 100 milhões foram levados, sendo que uma pequena parte da quantia foi recuperada pela polícia.

De refém a envolvido

O caminhoneiro Obadias Pereira enviou uma mensagem pelo whatsapp para a família afirmando que havia sido feito refém pelos suspeitos. A polícia desconfiou da versão pela tranquilidade que o caminhoneiro falava. Confira um áudio de Obadias Pereira da Silva e o relato de como passou cerca de dez dias sequestrado:

O veículo acabou sendo localizado carbonizado numa estrada de Bacabal. Obadias foi encontrado nessa quinta-feira (6). Apesar de ter dito a família que estava na cidade de Nova Olinda, o morador do bairro do Ibura acabou preso no município de Araguanã.

A polícia do Maranhão diz que o mega-assalto foi coordenado do Uruguai por José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, líder do facção Bonde do Maluco, da Bahia. A organização criminosa é uma das mais violentas do Nordeste e responsável por empreitadas cinematográficas.

O irmão dele, Edielson Francisco Nunes, seria um dos integrantes da quadrilha mortos no confronto em Bacabal há doze dias. Na noite da segunda-feira, dez homens suspeitos de participar do mega-assalto foram presos em Santa Luzia do Paruá.

O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, explica porque o caminhoneiro pernambucano é investigado:

O clima na família do caminhoneiro pernambucano Obadias Pereira da Silva é um misto de alívio e apreensão. Eles estão reunidos na casa no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife, onde aguardam por respostas da polícia do Maranhão.

Por falta de dinheiro, os parentes não têm como ir até a cidade de São Luís para prestar assistência ao motorista. Daniel Henrique um dos filhos do caminhoneiro afirma que as suspeitas são inverídicas pelo caráter do pai de família: