INVESTIGAÇÃO

Pernambucano feito refém conversa com a família após 12 dias desaparecido

Obadias estava desaparecido desde o dia 25 de novembro, quando cerca de 40 suspeitos assaltaram um banco no Maranhão

Do JC Online
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Publicado em 07/12/2018 às 0:50
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FOTO: Cortesia

Desaparecido desde o dia 25 de novembro, quando cerca de 40 suspeitos assaltaram um banco em Bacabal, no Maranhão, o caminhoneiro pernambucano Obadias Pereira da Silva, de 44 anos, finalmente entrou em contato com a própria família, na tarde desta quinta-feira (6). Por telefone, Obadias disse que estava sendo feito refém desde o dia 4.

De acordo com o delegado Luciano Bastos, o caminhoneiro foi liberado em uma área de mata em Nova Olinda, a cerca de 157 quilômetros de São Luís, no Maranhão. "Ele foi feito refém até essa terça-feira, sendo liberado numa área de mata. Após tomarmos conhecimento do fato, acionamos a polícia do município para fazer a busca dele", explicou.

O delegado ainda contou que Obadias só conseguiu algum número para entrar em contato com os familiares nesta quinta. "Obadias disse que, após ser liberado na área de mata, só conseguiu arranjar um celular para entrar em contato com a família hoje", relatou o delegado.

O delegado ainda falou que mais detalhes do desaparecimento de Obadias vão ser esclarecidos após ele ser encaminhado para a Delegacia de São Luís. "Não temos detalhe algum. Quando ele vir a São Luís, vamos esclarecer os fatos do seu desaparecimento".

Conversa com a família

A filha de Obadias, Danielly Alves, disse que o pai estava debilitado e doente. "Meu pai afirmou que estava debilitado, arranhado e com muita dor de cabeça. Ele ainda contou que estava sem condições de falar nada pois estava doente", explicou.

Danielly ainda afirmou que Obadias gostaria de ir para casa sem entrar em contato com a polícia. "Ele não tem previsão para retornar a Pernambuco e disse que queria vir sem falar nada com a polícia, dizendo que estava cansado", detalhou a filha.

Antes de desaparecer, Obadias enviou um áudio aos parentes, que moram no Ibura, Zona Sul do Recife, informando sobre a ação criminosa. “Neste momento, eu estou aqui como refém, aqui na estrada. Estão explodindo banco e eu estou na BR. Só Deus aqui. É tanto tiro e eu estou aqui como refém”.

Assalto milionário e morte dos suspeitos

Ainda segundo o delegado Luciano Bastos, dos quase 40 suspeitos que participaram do crime, dez foram presos e seis acabaram sendo mortos no confronto policial.

A estimativa é que, no dia 25 de novembro, tenham sido roubados quase R$ 100 milhões. “Até agora, R$ 4 milhões foram recuperados e tinham R$ 2 milhões no banco”, falou.