CASO ARTUR EUGÊNIO

Acusação acredita em pena de 20 a 25 anos de prisão para Cláudio Amaro

O advogado Daniel Lima acredita que o cardiologista Cláudio Amaro deve pegar uma pena perto da máxima por ter mandado matar o médico Artur Eugênio

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 10/12/2018 às 8:57
Reprodução/Arquivo pessoal
FOTO: Reprodução/Arquivo pessoal

Em entrevista à Rádio Jornal, o advogado de acusação do médico do Caso Artur Eugênio, Daniel Lima, afirmou que espera uma pena de 20 a 25 anos de prisão para o cardiologista Cláudio Amaro. O médico é acusado de mandar matar o colega de trabalho em maio de 2014. Cláudio Amaro teria contado com a ajuda do filho, o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Júnior, e de mais três homens para executar o crime.

De acordo com Daniel, o julgamento está previsto para durar, inicialmente, cinco dias. “O julgamento dos outros acusados durou um pouco mais que isso, mas esse nós acreditamos que vai durar um pouco menos, já que tem menos testemunhas”, afirma.

Perguntado se o fato de já terem se passado mais de quatro anos do crime, Daniel acredita que não. “É um assunto que nunca esfriou e que está muito na memória. Um médico que foi formado para salvar vidas e mandar matar vidas é uma coisas absurda”, disse.

Relembre o caso

O médico Artur Eugênio de Azevedo foi assassinado a tiros no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião só foi encontrado no dia seguinte, às margens BR-101, no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife.

De acordo com a denúncia oferecida ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o crime teria sido motivado por desentendimentos profissionais entre Cláudio Amaro Gomes e a vítima. A investigação, comandada pelo delegado Guilherme Caraciolo, apontou, ainda, que Cláudio Amaro Gomes seria o mandante do crime.

Um quinto acusado, Flávio Braz, foi morto numa troca de tiros com a Polícia Militar, no dia 8 de fevereiro de 2015.