Manifestação

Familiares da menina Beatriz realizam protesto no Recife nesta quarta

A menina Beatriz Motta foi assassinada com 42 facadas em dezembro de 2015, numa escola de Petrolina, Sertão de Pernambuco. Caso segue sem solução

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 11/12/2018 às 19:36
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FOTO: Reprodução/ Facebook

Familiares e amigos da menina Beatriz Motta realizam nesta quarta-feira (12) um protesto no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. O ato, além de lembrar os três anos do crime, que segue sem nenhum esclarecimento, também protesta pelo fato de que está em liberdade o funcionário do Colégio Maria Auxiliadora que teria apagado imagens com potencial de terem registrado o crime.

Segundo os organizadores do ato, o objetivo dos pedidos da família não é imputar ao funcionário da escola, onde Beatriz foi encontrada morta, a autoria do assassinato, mas sim as práticas que obstruíram as investigações.

Este caso ligado às investigações da morte de Beatriz está na pauta desta quarta, na sessão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal Regional de Pernambuco, que julga o recurso movido pela Polícia Civil e Ministério Público do Estado, pedindo a prisão de Alisson Henrique de Carvalho Cunha, suspeito de apagar as imagens do dia do assassinato. O primeiro pedido de prisão preventiva do suspeito foi negado pela Polícia Civil em Petrolina

"Quando soubemos que o Tribunal do Júri do Estado estaria reunido em uma audiência para deliberar sobre essa decisão nesta quarta-feira (12), achamos oportuno também nos fazer presente e torcer que a justiça realmente prevaleça", diz a nota que é assinada por Lucinha Motta e Sandro Romilton, pais de Beatriz. Confira detalhes na reportagem de Gabriela Bento.

Ouça:

Relembre o caso:

Lucinha Motta, mãe da menina Beatriz Motta, concedeu entrevista exclusiva à Rádio Jornal nesta quinta-feira (6) e fez críticas diretas ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Segundo ela, o Estado "não está investido um centavo" nas investigações do caso. Beatriz Motta foi morta com 42 facadas em uma escola de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. O crime segue sem solução há quase 3 anos.

"O Estado de Pernambuco, o seu governador, Paulo Câmara, podem ter certeza que eu vou incomodar sempre que necessário, porque ele não está investindo nenhum centavo no caso de Beatriz. Aliás, em nenhum outro caso de crime no estado de Pernambuco", disse Lucinha Motta.

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Confira a entrevista na íntegra: