JUSTIÇA POR BEATRIZ

Ato pede prisão do suspeito de apagar imagens do assassinato de Beatriz

A mãe de Beatriz Motta afirma que o suspeito e a escola tentaram atrapalhar as investigações do assassinato. A criança foi morta com 42 facadas em 2015

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 12/12/2018 às 10:40
Juliana Oliveira/Rádio Jornal
FOTO: Juliana Oliveira/Rádio Jornal

Nesta quarta-feira (12), um protesto organizado por familiares e amigos de Beatriz Motta cobra celeridade nas investigações do assassinato da criança, que foi morta com 42 facas em dezembro de 2015. O ato acontece em frente ao Fórum Thomaz de Aquino, na Avenida Martins de Barros, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. O protesto, além de lembrar os três anos do crime, que segue sem nenhum esclarecimento, também protesta pelo fato de que está em liberdade o funcionário do Colégio Maria Auxiliadora que teria apagado imagens com potencial de terem registrado o crime.

Os organizadores do ato pedem a prisão do homem suspeito de apagar as imagens das câmeras de segurança da escola onde Beatriz foi morta. Eles alegam que o objetivo dos pedidos da família não é imputar ao funcionário da escola, onde Beatriz foi encontrada morta, a autoria do assassinato, mas sim as práticas que obstruíram as investigações. A prisão foi indeferida pela juíza de Petrolina Elane Brandão e um recurso pode aprovar a prisão preventiva do suspeito.

Este caso ligado às investigações da morte de Beatriz está na pauta desta quarta, na sessão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal Regional de Pernambuco, que julga o recurso movido pela Polícia Civil e Ministério Público do Estado, pedindo a prisão de Alisson Henrique de Carvalho Cunha, suspeito de apagar as imagens do dia do assassinato. Saiba mais na reportagem de Juliana Oliveira:

A mãe de Beatriz, Lucinha Motta, afirma que tem fé na reversão da decisão judicial. "O que está em jogo aqui não é apenas a prisão de um funcionário do Colégio Maria Auxiliadora que vem atrapalhando, obstruindo as investigações há mais de dois anos. O que está em jogo é a credibilidade do Poder Judiciário. Eu quero ver se Pernambuco vai cumprir com o papel de respeitar essa credibilidade", diz. "Eu não vou sair do recife enquanto o Poder Judiciário não me der uma garantia que o Colégio Maria Auxiliadora e os funcionários não vão mais atrapalhar as investigações", desabafa.

Relembre o caso:

Lucinha Motta, mãe da menina Beatriz Motta, concedeu entrevista exclusiva à Rádio Jornal nesta quinta-feira (6) e fez críticas diretas ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Segundo ela, o Estado "não está investido um centavo" nas investigações do caso. Beatriz Motta foi morta com 42 facadas em uma escola de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. O crime segue sem solução há quase 3 anos.

"O Estado de Pernambuco, o seu governador, Paulo Câmara, podem ter certeza que eu vou incomodar sempre que necessário, porque ele não está investindo nenhum centavo no caso de Beatriz. Aliás, em nenhum outro caso de crime no estado de Pernambuco", disse Lucinha Motta.

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