CASO BEATRIZ

Justiça ordena prisão do suspeito de apagar imagens do colégio onde Beatriz foi morta

Alisson Henrique de Carvalho Cunha é suspeito de eliminar as imagens de câmera de segurança da instituição de ensino no dia do assassinato

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 12/12/2018 às 13:08
Arquivo pessoal
FOTO: Arquivo pessoal

A justiça deferiu nesta quarta-feira (12) o recurso movido pela Polícia Civil e Ministério Público do Estado, pedindo a prisão de Alisson Henrique de Carvalho Cunha, suspeito de apagar as imagens do dia do assassinato da menina Beatriz Motta, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A partir de decisão o mandado de prisão será expedido e encaminhado para Petrolina. Com isso, após a emissão do documento, ele pode ser preso preventivamente a qualquer momento.

O caso estava na pauta desta quarta, na sessão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal Regional de Pernambuco, que julgou o recurso movido pela Polícia Civil e Ministério Público do Estado, pedindo a prisão de Alisson Henrique de Carvalho Cunha. O primeiro pedido de prisão preventiva do suspeito foi negado pela Polícia Civil em Petrolina. Alisson era funcionário do Colégio Maria Auxiliadora, onde Beatriz foi morta, em dezembro de 2015. Ele é suspeito de apagar as imagens das câmeras de segurança do local, atrapalhando e obstruindo as investigações do caso.

Confira os detalhes na reportagem de Juliana Oliveira:

"Quando soubemos que o Tribunal do Júri do Estado estaria reunido em uma audiência para deliberar sobre essa decisão nesta quarta-feira (12), achamos oportuno também nos fazer presente e torcer que a justiça realmente prevaleça", diz uma nota assinada por Lucinha Motta e Sandro Romilton, pais de Beatriz, e divulgada nessa terça-feira (11), véspera do protesto e do julgamento do recurso.

Parentes acreditam que suspeito foi pago para apagar imagens

Família afirma que suspeito pode ter recebido dinheiro para dar fim as imagens da câmera de segurança do dia do assassinato de Beatriz. “ Temos informações que esse mesmo funcionário recebeu um prêmio da loteria federal. Que prêmio é esse? Que tanta sorte é essa? Ele apaga as câmeras do colégio Maria Auxiliadora, dá fuga a um assassino covarde e cruel e logo em seguida ele recebe um prêmio (...) Quero explicações!”, desabafa Lucinha Mota, mãe de Beatriz.

Relembre o caso:

Lucinha Motta, mãe da menina Beatriz Motta, concedeu entrevista exclusiva à Rádio Jornal nesta quinta-feira (6) e fez críticas diretas ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Segundo ela, o Estado "não está investido um centavo" nas investigações do caso. Beatriz Motta foi morta com 42 facadas em uma escola de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. O crime segue sem solução há quase 3 anos.

"O Estado de Pernambuco, o seu governador, Paulo Câmara, podem ter certeza que eu vou incomodar sempre que necessário, porque ele não está investindo nenhum centavo no caso de Beatriz. Aliás, em nenhum outro caso de crime no estado de Pernambuco", disse Lucinha Motta.

LEIA TAMBÉM:

>> Caso Beatriz: família pediu transferência de restos mortais para Petrolina

Confira a entrevista na íntegra: