certificado internacional

Unesco reconhece união homoafetiva como patrimônio mundial

A decisão do Supremo de considerar a união homoafetiva como direito fundamental dos homossexuais foi reconhecida como patrimônio documental da humanidade

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 13/12/2018 às 9:56
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A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer, em 2011, a união homoafetiva e a garantia dos direitos fundamentais aos homossexuais, recebeu o certificado MoWBrasil 2018, oferecido pelo Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A decisão foi inscrita como patrimônio documental da humanidade no Registro Nacional do Brasil.

Caminho sem volta

O ex-ministro Ayres Britto, do STF, relator das ações que trataram do tema, representou a Corte durante cerimônia ontem (12), no Rio de Janeiro. “A Constituição é arejadora dos costumes e sabe enterrar ideias mortas”, ressaltou o ministro. “[A decisão do STF] é de proibição do preconceito em função do modo sexual de ser das pessoas”, disse.

Ayres Britto acrescentou que este é um caminho de qualidade civilizatória democrática e humanista. “É caminho sem volta, é descolonização mental”. A presidente do Comitê Nacional da Memória do Mundo da Unesco, Jussara Derenji, destacou que “um caleidoscópio da história está se formando através de novas contribuições das instituições nacionais”.