Está previsto para acabar no fim da noite deste sábado (15) o julgamento do caso que ficou conhecido como "Canibais de Garanhuns". O segundo dia de julgamento ocorre na primeira vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Rodolfo Aureliano, localizado na Ilha Joana Bezerra. A sessão de hoje, que teve início às 9h da manhã, os advogados do trio tiveram três horas para apresentar a tese argumentativa da defesa.
A repórter Vanessa Falcão traz os detalhes do julgamento:
Crimes
Segundo as investigações, as vítimas, Alexandra da Silva Falcão, 20 anos, e Gisele Helena da Silva, 31 anos, foram atraídas pelo grupo com promessas de emprego e de “ouvir a Palavra de Deus”. De acordo com o inquérito, Jorge matou as mulheres com facadas no pescoço e os corpos de ambas as vítimas foram esquartejados com participação das outras duas acusadas. O trio teria usado parte da carne das vítimas para comer e rechear empadas, que eram comercializadas em Garanhuns.
O três acusados respondem pelo crime de duplo homicídio triplamente qualificado, além de ocultação e vilipêndio de cadáver e furto qualificado, pois o grupo teria roubado os pertences das duas vítimas. Bruna Cristina de Oliveira também vai ser julgada pelo uso do RG de Jéssica Camila da Silva Pereira. A identidade pertencia a outra vítima do trio, que foi morta no ano de 2008 quando o grupo ainda morava no bairro de Rio Doce, Olinda, no Grande Recife. A filha desta vítima foi adotada pelo trio.
Em relação a este crime, os três acusados foram julgados e condenados em 2014 por homicídio quadruplamente qualificado, além de vilipêndio e ocultação de cadáver, na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Olinda. Jorge Beltrão foi condenado a pena de 21 anos e 6 meses de reclusão, mais 1 ano e 6 meses de detenção. Isabel Cristina foi condenada a 19 anos de reclusão e 1 ano de detenção. Já Bruna Cristina, a 19 anos de reclusão e 1 ano de detenção.