JOÃO DE DEUS

Médium João de Deus é considerado foragido

Mais de 300 mulheres denunciaram o médium João de Deus por abuso sexual

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 15/12/2018 às 14:10
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Desde às 14h deste sábado (15), o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus é considerado foragido pela força-tarefa que o investiga. A decisão foi tomada após o médium não se apresentar no horário limite previsto pelos investigadores. Com isso, ele tem o nome incluído na lista da Interpol, para poder ser preso em solo nacional e internacional. O mandado de prisão está disponível no site do Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça.

Em nota divulgada no site do Ministério Público do Estado de Goiás, a força-tarefa traz esclarecimentos sobre o caso de Abadiânia

"A Força-Tarefa que atua no caso de Abadiânia informa que o senhor João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, passou a ser considerado foragido, pois as diligências de localização em todos os seus endereços resultaram negativas e o comparecimento espontâneo não ocorreu nas 24 horas seguintes à ordem de prisão, a despeito das tentativas de negociação com a defesa. Assim, poderá ser preso por qualquer autoridade policial brasileira ou estrangeira, com auxílio da Interpol, caso saia do país. O mandado de prisão está inserido no BNMP.

Acrescenta, em face das declarações públicas de um dos advogados de defesa, que não negou acesso ao Procedimento de Investigação Criminal. Ao contrário. Houve despacho deferindo o pedido, mas, até o momento, o requerente não procurou o Ministério Público para retirar cópia dos autos, não obstante tentativas de contato."

Entenda o caso

O médium João de Deus famoso pelos atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia, em Goiás, está no centro de uma polêmica. Mais de 300 mulheres o denunciaram por abuso sexual, que teria sido cometido durante os atendimentos. O relato das primeiras vítimas foram exibidos no programa Conversa com Bial na sexta-feira (07). Isso desencadeou outras denúncias, inclusive de Pernambuco.