De Olho o Trânsito

Camelôs são o maior desafio para a nova Conde da Boa Vista

Vendedores ambulantes e camelôs já disseram que não aceitam a proposta de mudança e que vão declarar guerra à Prefeitura

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 20/12/2018 às 20:46
Foto: Guga Matos / JC Imagem
FOTO: Foto: Guga Matos / JC Imagem

A mobilidade a pé será, pelo menos no discurso da Prefeitura do Recife, a grande estrela do projeto de requalificação da Avenida Conde da Boa Vista, no Centro da capital, que está sendo chamado de A Nova Conde da Boa Vista. A promessa é de que as pessoas que caminham serão elevadas a protagonistas no corredor. Que os 130 mil caminhantes diários da via. O principal desafio para o caminhar na Avenida Conde da Boa Vista, entretanto, será o comércio informal.

Hoje, ser pedestre na via é desafiar os ambulantes continuadamente, principalmente em alguns trechos, como os quarteirões próximos ao Shopping Boa Vista, entre as Ruas José de Alencar e Hospício. Mas o secretário de Mobilidade Urbana do Recife, João Braga, garante que apenas 40 ambulantes permanecerão na avenida e que o município não abrirá mão dessa decisão.

Pelas contas de Braga, o município vai se guiar pelo cadastramento oficial dos comerciantes informais. “Quem não estiver cadastrado ficará de fora. Temos 94 profissionais cadastrados. Quarenta deles ficarão nos fiteiros projetados para a Conde da Boa Vista. E os outros 54 serão realocados para ruas transversais. Esse foi o nosso compromisso. Mas o restante não terá vez. Isso é certo”, garantiu o secretário. Os ambulantes, inclusive, terão que atuar com mercadorias que possam ser comercializadas nos fiteiros. Ou seja, frutas, verduras e alimentação em geral não serão autorizadas.

Ouça mais detalhes na reportagem de Ivan Júnior:

LEIA TAMBÉM:

>> Nova Conde da Boa Vista tem foco no desestímulo ao uso do carro

>> Nova Conde da Boa Vista redesenhará corredor de ônibus na via

>> Bicicletas não terão espaço na nova Conde da Boa Vista