Recife

Polícia detalha prisão de quarto suspeito de incendiar Casa do Pará em Boa Viagem

Segundo a polícia, o suspeito disse que foi contratado pelo proprietário de um estabelecimento concorrente

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 21/12/2018 às 20:36
Foto: Divulgação / PCPE
FOTO: Foto: Divulgação / PCPE

A Polícia Civil detalhou, na manhã desta sexta-feira (21), a investigação que levou à prisão de Romildo Soares da Silva, 33 anos, conhecido como ‘Tranquedo’. Ele é suspeito de ser o quarto envolvido em um incêndio criminoso que atingiu a Casa do Pará, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, em janeiro de 2017. Romildo, alvo de um mandado de prisão, foi localizado nas proximidades do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, Centro do Recife, nessa quinta-feira (20).

De acordo com o delegado Cláudio Castro, do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), o suspeito confessou a participação no incêndio ao estabelecimento. “Ele afirmou que foi contratado pelo proprietário do estabelecimento concorrente”, disse.

O Denarc estava investigando Romildo por tráfico de entorpecentes. Na ocasião da prisão, o suspeito estava em um veículo acompanhado de Jammerson Alyson Tavares dos Santos, 29 anos, que estava em liberdade condicional desde abril de 2018. Segundo a Polícia Civil, ele responde por dois homicídios e por tráfico de drogas. Com a dupla, os policiais encontraram um revólver calibre 38 e um simulacro de pistola.

Tráfico de drogas

A polícia fez uma busca na residência de Jammerson e encontrou maconha, materiais usados para tráfico de drogas, um caderno de contabilidade para o tráfico e munições de vários calibres. “Romildo estava traficando entorpecentes na Joana Bezerra”, afirmou o delegado Cláudio Castro.

“Ele também confessou que participou de dois homicídios ocorridos no bairro de Casa Forte [Zona Norte do Recife], inclusive a arma encontrada com eles seria a usada nos dois crimes”, acrescentou o delegado.

Motivações dos homicídios

“Os homicídios, ele disse que foram por disputa de território no tráfico. No primeiro, ele disse que matou a pessoa errada, e o segundo ele matou a certa para corrigir o equívoco”, detalhou Castro.

“Ele não tinha residência certa. Já tivemos a informação de que Romildo estava escondido em Itamaracá, mas quando fomos lá ele conseguiu fugir”, acrescentou.

Romildo foi recolhido para audiência de custódia. O outro preso, Jammerson, teve a liberdade condicional cancelada e foi levado para o Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, onde vai continuar cumprindo pena em regime fechado.