ESTUPRO

Professor de escola de classe média alta é preso suspeito de estupro

De acordo com a Polícia, o professor teria estuprado uma criança e uma adolescente. O homem seria estrangeiro e teria ofertado drogas às vítimas

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 21/12/2018 às 12:01
Reprodução/Google Street View
FOTO: Reprodução/Google Street View

Um professor de uma escola particular do bairro de Setúbal, na Zona Sul do Recife, foi preso na manhã desta sexta-feira (21) suspeito de estuprar duas meninas, uma de 11 e outra de 13 anos. O homem, identificado pela polícia com Paul Steven Parron, é um americano de 55 anos de idade e teria cometido os abusos dentro de um flat no bairro Boa Viagem, também na Zona Sul da capital pernambucana.

A acusação envolve ainda a oferta de álcool e drogas às vítimas. O suspeito também teria dado uma quantia em dinheiro às garotas. Segundo a mãe de uma menina de 11 anos, o homem é professor de história numa escola de alto padrão da Zona Sul. A mãe da menina disse que passou a desconfiar da situação depois que a filha chegou em casa com uma quantia de R$ 350, além de postagens em redes sociais, nas quais ela aparecia no flat do suspeito.

"A amiga dela é amiga desse homem no Facebook. Aí chamou minha filha para se encontrar com ele no flat que ele está", disse a mãe da menina. De acordo com ela, o homem teria mantido relações sexuais com as duas nessa quinta-feira (20), sem usar preservativo.

Revoltada, a mãe da menina disse ter procurado as autoridades policiais na noite dessa quinta-feira e que quer justiça. "Eu acho que ele fez isso com várias crianças. Só que agora, aqui no Brasil, a última criança que ele fez isso é com a minha filha... Se ele tem dinheiro, porque a gente é pobre, é humilde, mas isso não vai ficar assim, não. Eu quero ele nas grades porque ele é um cabra safado".

Depoimento

A criança contou à polícia que foi levada por uma amiga adolescente ao local em que o americano morava. Essa amiga já mantinha relações sexuais com o professor e recebia R$ 100 para cada amiga que levasse consigo para também manter relações sexuais com o estrangeiro. A menina foi levada ao Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife para realizar exame de corpo de delito e, em seguida, recebeu atendimento médico para passar por medidas profiláticas.

Investigações

A delegada Beatriz Leite, da Delegacia de Boa Viagem, conversou com a imprensa na tarde desta sexta e deu mais detalhes a respeito do caso. Segundo ela, o suspeito fazia contato com as vítimas através de redes sociais, como o Facebook e o Instagram.

Beatriz Leite informou ainda que, nas redes sociais do homem, foram encontradas amizades com muitas jovens que aparentam ser menores de idade: "Pelo Facebook, pelo Instagram. A gente observou as redes sociais dele, ele tem amizades com muitas adolescentes, muitas jovens visivelmente menores de idade. A gente não sabe ainda a idade de cada uma e (nem) com quantas meninas ele se relacionou".

A polícia liberou imagens do americano para que outras possíveis vítimas de abuso sexual possam identificar o suspeito e fazer denúncias: "A divulgação da imagem, do nome dele, é para que outras meninas que tenham passado por essa situação venha procurar a delegacia que nós vamos continuar as investigações", contou a delegada que conduz as investigações.

Suspeito é um americano de 55 anos de idade
Suspeito é um americano de 55 anos de idade
Foto: Divulgação / Polícia Civil de Pernambuco

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Autuação

O suspeito foi autuado pelo crime de "Estupro de Vulnerável", que, segundo o artigo 217 do Código Penal, se configura por "ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos". A pena prevista para o crime vai de 8 a 15 anos de prisão. Ele ainda passará por audiência de custódia no Recife.

O Consulado Americano no Recife se pronunciou através de nota divulgada nesta tarde e disse que não possui autorização por escrito para compartilhar detalhes sobre casos específicos com a imprensa. Confira na íntegra:

"Nós temos conhecimento de reportagens sobre a prisão de um cidadão americano. Na ausência de autorização por escrito, não podemos compartilhar detalhes sobre casos específicos com a imprensa".

Confira os detalhes com a repórter Marcela Maranhão:

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