INVESTIGAÇÃO

Polícia apura suspeita de canibalismo no Centro do Recife

De acordo com o delegado, o trio foi ouvido novamente no mês passado, mas se negou a falar sobre a suspeita de outro caso de canibalismo

Fellipe Leandro
Fellipe Leandro
Publicado em 02/01/2019 às 23:17
Ascom / TJPE
FOTO: Ascom / TJPE

A pedido do Ministério Público de Pernambuco, a polícia está investigando um suposto caso de canibalismo no Centro do Recife. Os suspeitos do crime são Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Cristina Pires e Bruna Oliveira da Silva, trio que já foi condenado duas vezes pelos homicídios de três mulheres no Estado. Conhecidos como os Canibais de Garanhuns, eles estão presos desde 2012.

O delegado Diego Acioli, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), está a frente da investigação disse que por enquanto não há nada de concreto e que a suspeita surgiu após os depoimentos dos três envolvidos.

“Quando a investigação iniciava no ano passado, surgiram rumores que poderia ter uma vítima de canibalismo praticado pelos três envolvidos. No mês passado recebemos a informação do Ministério Público. E recebemos no mês passado essa solicitação do Ministério Público para que a gente verificasse pra analisar a veracidade dessa informação. Mas até o momento não existe um indicativo e que de fato teria acontecido esse novo ato de canibalismo. Chegamos a falar com os envolvidos, mas eles negaram essa nova vítima. Conversamos com os policiais, o delegado que participou da investigação no passado e eles falaram que não existe um indicativo dessa vítima no centro da cidade. No momento não existe nada de concreto”, disse o delegado.

Em 2012, quando os crimes cometidos pelos canibais foram descobertos, a polícia investigou a suspeita de pelo menos oito mortes, mas só conseguiu confirmar três – sendo duas em Garanhuns, no Agreste pernambucano, e uma em Olinda, no Grande Recife.

de acordo com Diego Acioli, caso seja provado que houve o crime, será instaurado um inquérito para verificar se os três suspeitos estão envolvidos.

“Essa informação surgiu em decorrência do depoimento dos três. Houve rumores e a partir desses rumores o Ministério Público solicitou que nós investigássemos para ver a veracidade. Nada de concreto foi descoberto. Caso tenha alguma coisa concreta aí será instaurado o inquérito policial para verificar se de fato qual a participação dos três”, finalizou.