ECONOMIA

Economista acredita que Bolsonaro precisa se conectar mais a equipe econômica

Para o economista pernambucano Paulo Maróstica há uma desconexão nas informações

Fellipe Leandro
Fellipe Leandro
Publicado em 04/01/2019 às 19:57
Reprodução/SBT/Youtube
FOTO: Reprodução/SBT/Youtube

O anúncio de mudanças no Imposto de Renda de Pessoa Física e Imposto sobre Operações Financeiras, IOF, foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro na transmissão de cargo do comandante da aeronáutica.

A ideia da equipe econômica do governo federal é criar três faixas. A primeira seria isenta. para quem ganha até r$ 1.903,98, mas o governo pretende aumentar a isenção.O valor ainda não foi definido. A segunda faixa com percentual de até 20% atingiria quem ganha até r$ 25.000,00 por mês. Acima desse valor seria cobrado 25% sobre a diferença. O presidente Jair Bolsonaro também chegou a divulgar um possível aumento do IOF sobre aplicações financeiras no exterior. O aumento foi defendido como forma de compensar a prorrogação, pelo congresso nacional, dos incentivos fiscais para as regiões Norte e Nordeste. Mas no mesmo dia do anúncio presidencial a própria equipe de Bolsonaro voltou atrás afirmando que não haverá aumento.

Em entrevista ao Programa Radar, da Rádio Jornal, o economista pernambucano Paulo Maróstica, afirmou que o presidente precisa controlar mais os discursos de improviso e se conectar mais a equipe econômica.

“É uma vontade tão grande de acertar e passar boa notícia que está havendo uma desconexão na informação”, disse.

Ouça na íntegra a entrevista

Ministério da economia

O economista Paulo Maróstica acredita que o Brasil precisa precisa ser mais liberal no aspecto econômico, mas que precisa ter muita cautela dos formadores de política econômica.

"Eu tenho a convicção que o país precisa se abrir. O Brasil precisar ser mais liberal no aspecto Econômico. A gente tem assalto de grupos de interesses. A gente está sempre com blocos em Brasília fazendo exigências para preservar o seu setor. E talvez um prejudique o outro e a liberdade econômica fica muito restrita. Estamos falando de um país que é um transatlântico e quando ele está em uma certa velocidade em uma direção você não tem como reduzir essa velocidade e fazer com que gire e siga em direção oposta", finalizou.