PROCESSO DE CANONIZAÇÃO

Arquidiocese reúne material que mostra legado de Dom Helder

Foram reunidos papéis e escritos de Dom Helder coletados por quatro professores, além do testemunho de mais de 50 pessoas

Fellipe Leandro
Fellipe Leandro
Publicado em 24/01/2019 às 22:49
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

Conhecido mundialmente pela Defesa dos Direitos Humanos e pela luta a favor dos mais pobres, Dom Helder, o Dom da Paz, lutou contra a violência e a tortura cometidas durante a Ditadura Militar Brasileira. Ele esteve do lado dos que eram perseguidos pelo Regime Militar e, 20 anos após a sua morte, a Arquidiocese de Olinda e Recife reuniu alguns documentos que mostram a importância do legado religioso deixado por ele. Tudo isso pode ajudá-lo a ser transformado em santo.

O processo de documentação foi aberto há três anos. Nele, foram reunidos papéis e escritos de Dom Helder coletados por quatro professores, além do testemunho de mais de 50 pessoas. Todo o material recolhido, tanto no Brasil quanto em outros países, passará pela avaliação de duas comissões, e até o fim deste primeiro semestre deverá ser declarada a validade jurídica para reconhecimento como beato.

Ouça os detalhes com Isa Maria

Fases do processo

Para reconhecimento como beato, um milagre deverá ser atribuído ao religioso e, de acordo com o postulador, a causa desse milagre é mantida em segredo. A canonização é considerada a última fase do processo, e é nesse momento que um milagre deve ser apresentado.

A história de Dom Helder

Biografia - Hélder Pessoa Câmara nasceu em 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza, no Ceará. Tornou-se padre aos 22 anos e teve uma trajetória marcada pela militância política, voltada para a defesa dos direitos humanos e da não violência. Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e, em 1964, designado arcebispo de Recife e Olinda. Dom Hélder foi o único brasileiro a ser indicado quatro vezes ao Nobel da Paz. O religioso faleceu em 27 de agosto de 1999.