Está marcado para às 16h desta terça-feira (29), no monumento tortura nunca mais, na Rua da Aurora, na área central do Recife, um ato para pluralizar o Dia da Visibilidade Trans, lembrado no dia 29 de janeiro. Em 2018, 420 LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) morreram no Brasil vítimas da LGBTfobia. Desses, 39% eram transexuais, de acordo com o último levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB).
Sob este rótulo são incluídas travestis, mulheres trans, homens trans, drag queens, pessoas não-binárias e transformistas. Este cenário leva o Brasil ao topo do pódio de crimes contra as minorias sexuais.
De acordo com o GGB, as pessoas trans são mais vulneráveis a mortes violentas. Segundo Jair Brandão, assessor de projeto da ONG Gestos, que trata de políticas sobre soropositividade, comunicação e gênero, a transfobia ameaça ainda o acesso dessas pessoas a serviços como educação e saúde.
Para Robeyoncé Lima, a primeira advogada transexual do Norte e Nordeste a ser reconhecida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pelo nome social, assumir-se trans é um ato político e de resistência.
Depois de passar por cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, João pessoas e de ser apresentada na Alemanha e nos Estados Unidos, a peça BR Trans chega ao recife para uma temporada de 31 de janeiro a 9 de fevereiro.
Programação
O espetáculo leva aos palcos a experiência de vida da travestilidade e da transexualidade, descontextualizando fatos já contados sobre marginalidade, medo e sofrimento e reposicionando histórias de vida e transformação em cena.