SAÚDE

Sobram vagas para cirurgia de reconstrução mamária no SUS

No caso da reconstrução por causa de mastectomia, apenas 20% das mulheres realizam a cirurgia

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 08/02/2019 às 14:26
Repredução/Internet
FOTO: Repredução/Internet

O Sistema Único de Saúde (SUS) passa por uma situação inusitada. É que estão sobrando vagas para mulheres que precisam fazer reconstrução mamária no Hospital das Clínicas.

A unidade de saúde tem capacidade para realizar quatro cirurgias por mês, mas só duas pacientes são operadas. No caso da reconstrução por causa de mastectomia, que é a retirada dos seios, só 20% das mulheres fazem reconstrução.

De acordo com o médico chefe do setor de cirurgia plástica do HC, Rafael Alicoara, falta informação e coragem para enfrentar uma nova cirurgia. “O principal motivo é a falta de informação. Elas têm medo de se submeter a uma nova cirurgia, por isso não querem fazer a reconstrução e não sabem o bem que elas tão perdendo de fazer esse tipo de reconstrução”, explicou. “Não é uma cirurgia que oferece mais risco do que a retirada da mama. É uma cirurgia segura, bem estabelecida na cirurgia plástica e que é realizada no mundo todo”, completou o médico.

Uma lei federal garante o direito à reconstrução mamária para todas as mulheres que tiveram câncer. O médico explica os benefícios da cirurgia. “Normalmente a gente faz primeiro a reconstrução, mas é assegurado um direito de fazer uma nova cirurgia ou até ao mesmo tempo que se simetrizes as duas mamas. Então a gente pode fazer e é direito dos pacientes que façam esse tipo de reconstrução permitindo para que elas tenham uma simetria o mais próximo ao normal possível.

COMO FAZER

Para fazer a reconstrução mamária é preciso ter um encaminhamento do mastologista e procurar a Secretaria de Saúde do Estado. Posteriormente, o paciente será encaminhado ao setor de cirurgia plástica do Hospital das Clínicas.