Prisões

PF investiga fraudes e associação criminosa no sistema S em PE

Mandados de prisão são contra pessoas que praticaram crimes contra administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 19/02/2019 às 8:34
TV Jornal
FOTO: TV Jornal

A Polícia Federal em Pernambuco, cumpre, na manhã desta terça-feira (19), mandados de prisão na Operação Fantoche, em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU). O alvo são pessoas de um grupo de empresas sob o controle de um mesmo núcleo familiar que atua de forma contínua e perene, desde 2002, executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado sistema “S”. Um carro da PF está na frente da Casa da Indústria, na Fiepe, na Avenida Cruz Cabugá.

Ainda segundo a PF, a operação tem o objetivo de desarticular a organização criminosa que praticava crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

A operação conta com a participação de 213 policiais federais e oito auditores do TCU que estão cumprindo 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária, em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas. As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.

Funcionamento do esquema criminoso

A Polícia Federal descobriu que o modus operandi empregado pelo grupo era sempre muito parecido. Eram utilizados entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar a celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério convenente e unidades do Sistema S, contratos estes, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões decorrentes desses contratos.

Em nota através da assessoria de comunicação, o Sistema S informou que "sobre as recentes investigações ao Sistema S, esclarecemos que todos os contratos de patrocínio do SESI respeitam as leis de licitação e tem processo transparente publicado em jornais. Informamos ainda que a entidade vai colaborar no que for possível com as investigações realizadas pela polícia."