Polícia Civil

Polícia Civil prende suspeito de praticar estelionato no Recife

Suspeito teria enganado pelo menos 40 pessoas, prometendo 10% a 15% do lucro da revenda de veículos

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 22/02/2019 às 14:41
Foto: Divulgação / Polícia Civil
FOTO: Foto: Divulgação / Polícia Civil

A Polícia Civil apresentou, nesta sexta-feira (22), os detalhes da prisão de um homem suspeito de praticar estelionato e crimes contra a economia popular no Recife. Danilo Mendes de Castro Melo, de 36 anos, teria lesado pelo menos 40 pessoas e o prejuízo financeiro chega a R$ 5 milhões. Ele foi preso em Sairé, no Agreste do Estado.

A vítima de menor prejuízo financeiro perdeu cerca de R$ 9 mil nas mãos do investigado, enquanto a pessoa com maior prejuízo chegou a perder R$ 800 mil. A média do prejuízo financeiro entre as vítimas ouvidas pela Polícia Civil foi de mais de R$ 128 mil por pessoa.

O caso faz parte da 13ª Operação de Repressão Qualificada do ano, denominada “Pit Stop”, desencadeada na quinta-feira (21). A investigação começou em setembro de 2018, com objetivo de realizar buscas em domicílios de possíveis integrantes de associação criminosa. Durante a operação, foram cumpridos um mandado de prisão e cinco mandados de busca e apreensão domiciliar.

De acordo com a polícia, o crime se configurava na captação de recursos das vítimas como forma de investimento para compra e recompra de veículos, como explica o delegado responsável pelo caso Fauzer Palitot.

“Toda negociação era realizada dessa forma. Existia uma história de cobertura de que o dinheiro captado seria para a aquisição de frotas de veículos de locadoras no momento que essas locadoras iriam trocar de frotas. O investigado iria comprar esses veículos, depois revendê-los e com o lucro dessa revenda ele iria redistribuir aos investidores parcelas daquilo que foi investido. Geralmente ele prometia um lucro de 10% a 15% do valor investido em um prazo de 15 dias. Está sendo apurado que essa conduta se enquadraria como um caso semelhante à de uma pirâmide, mas enquadrado no artigo II, da lei 8521 que fala sobre o crime contra a economia popular”, explicou.

A polícia também investiga a possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas no golpe.

“Hoje a gente apurou na investigação que existiam pessoas que ajudavam ele a captar esses investidores, mas com relação a esse crime de associação criminosa as diligências investigativas não foram encerradas. Eu vou precisar do resultado das perícias do material que foram coletados ontem nas buscas e apreensões para de fato ter certeza se existia ou não uma associação criminosa ou se ele atuava sozinho”, finalizou o delegado

O delegado Fauzer Palitot também orienta que, caso existam outras possíveis vítimas deste golpe, seja realizada uma denúncia na Delegacia de Repressão ao Estelionato.