DESPEDIDA

Lula pede à Justiça para comparecer a velório do neto

Arthur Lula da Silva, de 7 anos, que morreu vítima de meningite meningocócica, era o quinto dos seis netos do ex-presidente Lula

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 01/03/2019 às 15:29
Reprodução/ Instituto Lula
FOTO: Reprodução/ Instituto Lula

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje (1º) à Justiça Federal em Curitiba para deixar a prisão e comparecer ao velório do neto, Arthur Lula da Silva, de 7 anos, que morreu vítima de meningite meningocócica, em Santo André (SP).

Na petição encaminhada à juíza Carolina Lebbos, os advogados do ex-presidente argumentaram que Lei de Execução Penal (LEP) prevê que presos possam deixar a prisão para comparecer ao velório de um parente próximo.

O velório e o enterro de Arthur serão realizados no Cemitério das Colinas, em São Bernardo do Campo. Os pais da criança, Marlene Araujo Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva, filho do meio de Lula com Maria Letícia, ainda estão decidindo, com Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, se o enterro será nesta sexta ou no sábado.

Arthur era o quinto dos seis netos do ex-presidente. Ele nasceu em 2012, em São Paulo, quando Lula fazia um tratamento contra o câncer na laringe, depois de deixar a Presidência da República.

Lula está preso desde 7 de abril do ano passado por ter sua condenação no caso confirmada pelo Tribunal Regional Federal (4ª Região), que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

Morte do irmão

Em janeiro, Lula também pediu para deixar a prisão para comparecer ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, que morreu em decorrência de câncer no pulmão. No entanto, o pedido foi negado pela juíza Carolina Lebbos. A decisão foi confirmada pelo desembargador federal Leandro Paulsen, do TRF4, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, aceitou recurso da defesa e autorizou a saída de Lula. No entanto, o ex-presidente não aceitou as condições da decisão, que determinava que o encontro com os parentes deveria ocorrer em um quartel das Forças Armadas. Além disso, a liminar foi deferida quando o velório tinha começado.