Aumento da Passagem

Passageiros de ônibus reclamam do aumento de 7% da passagem

A reunião foi feita a portas fechadas na véspera do carnaval

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 01/03/2019 às 15:01
Foto: JC Imagem
FOTO: Foto: JC Imagem

O reajuste da tarifa de ônibus do Grande Recife já está publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (1º). Foi definido ontem (28), em Reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), um reajuste de 7,07% nos valores das passagens de ônibus.

Com o aumento proposto pelo governo, a tarifa do anel A passou de R$3,20 para R$3,45. O anel B passa de R$4,40 para R$4,70 centavos. O anel G passou de R$2,10 para R$2,25. Já as linhas do anel D foram transferidas para o anel A. Esse reajuste já passa a valer a partir deste sábado (2).

Nos pontos de ônibus muitos usuários ainda não sabiam desse aumento.

“Eu ainda não estava sabendo dessa votação. Eu acho que está pegando muita gente de surpresa. O povo está muito voltado para o carnaval para brincar. Essa notícia me pegou de surpresa”, disse a técnica em radiologia, Abilene Medeiros.

A reunião do CSTM aconteceu a portas fechadas e bem na véspera do carnaval. Para os usuários do transporte público a data escolhida foi uma estratégia do governo.

“Tentaram maquiar com o carnaval, para esconder que aumentou a passagem para ficar de baixo dos panos”, afirma o estudante, Paulo Ricardo.

“Acho um absurdo. Véspera de carnaval e ninguém está preparado para um aumento desse. Infelizmente a gente não tem o que fazer, nós temos que pagar”, reclamou a cuidadora de idosos, Delma Silva.

Para quem precisa pagar quatro passagens por dia a situação é ainda mais complicada. É o caso de Cristina que com esse reajuste vai ter que desembolsar 1 real a mais todos os dias para ir e voltar do trabalho. Com esse aumento chegam também as reclamações da qualidade do serviço oferecido.

“Além de ser cara a passagem, a gente não tem um serviço adequado. A gente vai para o trabalho, volta para casa, o ônibus lotado, filas extensas para pegar o ônibus. É desumano para um serviço que a gente não é bem servido”, finalizou a auxiliar administrativa, Cristina Barbosa.