HOLIDAY

“Queremos salvar vidas”, afirma coronel do Bombeiros sobre o Holiday

Coronel afirma que Prefeitura do Recife faz relatórios há 23 anos pedindo a manutenção do edifício em Boa Viagem

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 14/03/2019 às 10:53
TV Jornal
FOTO: TV Jornal

Nesta quinta-feira (14), em entrevista ao programa Passando a Limpo, o coronel Cássio Sinomar, do Corpo de Bombeiros de Pernambuco, falou sobre as atuais condições do edifício Holiday. O condomínio está passando por diversos problemas estruturais e a justiça atendeu o pedido da Prefeitura do Recife de interdição do prédio em um prazo de cinco dias.

O coronel afirma que está tomando a maior medida preventiva já tomada no Recife. “Eu posso até dizer que essa é a maior medida preventiva já realizada no Recife. Nós estamos salvando vítimas, cerca de 3 mil pessoas que passam pelo Holiday. Poderia ser o inverso, poderíamos estar aqui noticiando a maior tragédia, o maior desastre humano do Brasil. Porque o potencial de desastre de lá é 10 vezes maior que o de Brumadinho. Nós queremos salvar a vida das pessoas”, afirmou.

O cel. Cássio Sinomar também explica o motivo de o edifício estar nas atuais condições. “A Prefeitura vem fazendo relatórios há 23 anos pedindo a manutenção do edifício. A decisão de interdição não foi tomada de um dia para o outro.”

O coronel compara casos recentes no Brasil em que faltou medidas preventivas e afirma que está querendo ajudar a salvar vidas. “Nós temos exemplos de casos que aconteceram a pouco tempo, que alguém deixou de fazer alguma coisa. Tivemos os incidentes da Boate Kiss, do Edifício Paissandu, em São Paulo, tivemos em Brumadinho e, um pouco mais próximo, no CT do Flamengo que morreu uma grande quantidade de crianças porque alguém deixou de fazer alguma coisa. É muito fácil achar culpado por não terem feito algo, mas nós queremos ajudar a salvar essas vidas”, declarou.

Durante a entrevista, o coronel declarou também que é necessário a interdição momentânea do prédio, porque não foram realizadas as manutenções necessárias, e que o prédio não será abandonado, apenas será interditado para a realização da manutenção. O Corpo de Bombeiros tem um nível de classificação de risco que vai de 1 a 4 e de acordo com o coronel. Com relação à estrutura, o edifício Holiday está classificado em risco 3, que é considerado alto.

Confira a entrevista na íntegra: