A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro indiciou, por homicídio com dolo eventual, o segurança Davi Amâncio, acusado de matar um jovem por sufocamento, no dia 15 de fevereiro, em um supermercado da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade. Agora, o inquérito será encaminhado à Justiça.
O jovem Pedro Henrique Gonzaga foi morto dentro do supermercado Extra, na Barra da Tijuca, depois que Davi Amâncio o imobilizou com um mata-leão (golpe em que a pessoa sufoca a outra com uma chave de braço) e ficou sobre a vítima durante algum tempo.
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O segurança alegou que Pedro tentou roubar sua arma e que aplicou o golpe para se defender. Mas, para a polícia, a vítima não oferecia mais risco à integridade do segurança quando ele imobilizou o jovem.
Relembre o caso
Um jovem, de 19 anos, identificado como Pedro Gonzaga, foi morto durante a abordagem de um segurança, em uma unidade do supermercado Extra, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, o rapaz foi imobilizado e acabou sofrendo uma parada cardíaca no momento da ação.
O caso ocorreu na tarde de ontem (14). Segundo a assessoria de imprensa da rede de supermercados, o incidente teria começado após o jovem ter supostamente tentado roubar a arma de um dos seguranças do supermercado.
O vigilante reagiu e imobilizou o jovem com um mata-leão, golpe de artes marciais em que uma pessoa sufoca a outra usando os braços para pressionar o pescoço. Em vídeos divulgados na internet, é possível ver o segurança com o golpe encaixado e deitado por cima do rapaz, que está imóvel no chão, aparentando estar inconsciente.
Nos vídeos, aparecem vozes aparentemente dos clientes advertindo o vigilante de que ele sufocaria o jovem, já desmaiado. Porém, visivelmente nervoso, o segurança manda que as pessoas fiquem caladas.
Parentes do jovem morto afirmam que ele era doente mental e dependente químico. A família negociava tratamento médico para rapaz. Em depoimento à polícia, a mãe contou que estava no caixa quando começou a confusão.