DENGUE

Pernambuco tem aumento de 87% no número de casos de dengue

Até o dia 16 de março, o estado registrou mais de 3 mil casos da doença

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 28/03/2019 às 9:46
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Nesse período de chuva e calor, a preocupação aumenta com o vírus da dengue. Dados do Ministério da Saúde apontam que, se comparado com o mesmo período do ano passado, Pernambuco teve um aumento de 87% nos números de casos da doença. Até o dia 16 de março, o estado registrou mais de 3 mil casos.

O maior aumento foi em Salgueiro, no Sertão pernambucano, que teve um crescimento aproximado de 6.000%. Em 2018, a região notificou apenas 20 casos, enquanto, este ano, esse ano já passam de mil casos registrados.

George Dimech, diretor geral de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Saúde de Pernambuco, explica o motivo do aumento tão grande na região. “A região do Sertão, no período entre 2015 e 2018, foi pouco afetada. Como não havia tido as transmissões como nas outras regiões do estado, ficou um estoque de pessoas suscetíveis que não tinham a doença. Com a infestação de mosquitos elevadas, foi provocada essa epidemia”, explicou.

O Recife vai na contramão dos números demonstrando uma queda de 60% nos números de casos, mas o diretor afirma que é um bom número, mas não pode relaxar. “A Região Metropolitana em média tem reduzido os números de casos em comparação com o ano passado. A gente comemora esse sucesso, mas não descansa. Estamos numa fase de alternância de calor, sol e chuva, e isso é muito favorável ao mosquito. E qualquer relaxamento dos serviços ou da população é a chance de o mosquito voltar”, afirmou.

Mesmo com a Região Metropolitana tendo uma diminuição do número de casos, Pernambuco teve um aumento de 87% nos números de casos. George explica o trabalho que está sendo feito para tentar diminuir os casos. “O trabalho é integrado municípios, saúde e estado. O estado entra na assessoria técnica, fornecendo equipamentos onde há necessidade, ou seja, fortalece o serviço local para ter capacidade de manter o controle do Aedes Aegypt”, finalizou.