A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) abriu um inquérito para investigar possível fraude de venda de agendamentos para emissão de documentos, como carteiras de identidade e de trabalho. Nas redes sociais, várias publicações oferecem a marcação, que é muito difícil de conseguir pelo site da Secretaria de Defesa Social (SDS).
O valor da venda ilegal das marcações varia entre R$10 e R$20. Essa fraude, impossibilita que as pessoas consigam agendar o atendimento e, por conta disso, muita gente precisa ir ao Instituto Tavares Buril, na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro e enfrentar filas para tirar documentos.
O delegado e diretor do Instituto Tavares Buril (ITB), Pablo de Carvalho, detalha o que a polícia já identificou até o momento. “A gente identificou que várias pessoas estão fazendo uso indevido do sistema. Eles usam programas que preenchem os slocks, e vendem esses slocks para as pessoas. É mais ou menos como furar fila. Pegar a vaga de uma fila e vender para alguém. E aí, as pessoas que querem agir honestamente, não conseguem suas vagas, e reclamam, com razão”, disse.
Pablo de Carvalho conta ainda que o site vai passar por manutenção e um novo sistema será instalado para tentar evitar fraudes como essa. “O governo adquiriu um sistema absolutamente novo, moderno, que vai digitalizar todo o processo de emissão de carteiras. O processo hoje é tradicional, é um pouco lento. Não suporta a dinâmica social. Daqui a quatro ou cinco meses, nós teremos um sistema novo, absolutamente condizente com a modernidade, que vai acabar com essa demanda reprimida de RG no estado”, afirmou.
Agendamento
O agendamento pela internet existe desde o ano de 2015 e diante de tantas dificuldades, a Polícia Civil abriu inquérito para investigar a ação. Quem estiver com mais pressa para conseguir a documentação, pode procurar um dos 227 pontos de identificação cadastrados no site www.pecidadao.pe.gov.br ou até mesmo a própria sede do instituto de identificação Tavares Buril. Esses locais não precisam de agendamento.